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Associação critica afastamento de delegados da Lava Jato

De acordo com a ADPF, substituição dos delegados Eduardo Mauat e Duílio Mocelin foi “precipitada” e “mal explicada”. PF afirmou que mudanças são opções estratégicas da coordenação

atualizado

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1 de 1 polícia federal - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal (ADPF) se pronunciou nesta quinta-feira (7/7) sobre o afastamento dos delegados federais Eduardo Mauat e Duílio Mocelin da força-tarefa da Operação Lava Jato. Segundo a associação, a ação foi “precipitada” e “mal explicada”.

“É evidente que afastamentos súbitos dessa natureza geram atrasos e prejuízos para as investigações em andamento, que poderiam ser evitados por meio da simples manutenção do grupo atual da Lava Jato”, continuou, em nota, a ADPF. A entidade ainda completou que, em vez de substituir os delegados responsáveis pela operação, o comando da Polícia Federal e o Ministério da Justiça deveriam trabalhar para aumentar o efetivo – o que, segundo a ADPF, ajudaria a “dar fôlego” e descartar ameaças de desmanche da força-tarefa.

A associação também expressou temor frente à possível retirada da delegada Erika Marena, uma das principais coordenadoras da Lava Jato, da operação. No entanto, não foram informados mais detalhes ou o possível motivo de sua saída. A ADPF ressaltou que cobrará explicações sobre os afastamentos junto ao diretor-geral da PF e à Superintendência Regional em Curitiba.

Em resposta, a PF informou que substituiu os delegados Mauat, do Rio Grande do Sul, e Mocelin, de Rondônia, que estavam em missão em Curitiba (PR). Eles darão lugar a Rodrigo Sanfurgo, ex-chefe da Delegacia de Combate a Corrupção e Crimes Financeiros de São Paulo, Luciano Menin, que já integrou a força-tarefa da Lava Jato, e Roberto Biazolli, ex-integrante do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça (DRCI).

A carga de inquéritos que estava sob responsabilidade do delegado Eduardo Mauat foi entregue a Márcio Anselmo, originariamente encarregado das investigações.

A corporação informou ainda que a saída do delegado Luciano Flores de Lima ocorreu a pedido do servidor e é temporária, “devendo reintegrar a equipe logo após o término de sua missão junto à Coordenação de Grandes Eventos em Brasília, durante os Jogos Olímpicos de 2016”.

Essas mudanças são opções estratégicas da coordenação, com apoio irrestrito da equipe de investigação, Administração Regional e Direção Geral da Polícia Federal, visando oxigenar o grupo, dando a ele um novo fôlego para que os trabalhos continuem buscando cada vez mais sua superação.

Polícia Federal, em nota

A PF completou que nenhum integrante da equipe de investigação sofreu qualquer tipo de pressão interna ou externa por conta das mudanças. “A Operação Lava Jato não sofrerá qualquer prejuízo em seus trabalhos investigativos e operacionais”, concluiu a corporação.

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