Associação Brasileira de Imprensa exige prisão de “todos os golpistas”
A ABI diz estar estarrecida com o plano de matar o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes
atualizado
Compartilhar notícia
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) divulgou nota nesta quarta-feira (20/11) em que exige a prisão de “todos os golpistas” que estão por trás do plano de virada de mesa nas eleições de 2022 e as mortes do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Diante da ameaça ao Estado Democrático de Direito, a nação exige a prisão de todos os envolvidos na conspiração palaciana, seja qual for a patente ou o cargo”, defende a associação.
A trama, que já levou à prisão quatro militares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os “kids pretos” (foto em destaque), além de um policial federal, foi revelada nessa terça-feira (19/11) pela Polícia Federal na Operação Contragolpe.
“A nação está indignada. E estarrecida diante das revelações sobre o golpe de Estado planejado a partir do Palácio do Planalto durante todo o ano de 2022. O plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes seria sinal para uma ofensiva contra amplos setores do campo democrático brasileiro”, escreveu a ABI.
A associação destaca que as revelações dessa terça fazem parte de “uma cadeia de comando para o ato criminoso que se concretizou no episódio dantesco de 8 de janeiro de 2023. Mas agora sabemos que o 8 de janeiro foi apenas a parte visível de um projeto de se perpetuar no poder a qualquer custo”.
Segundo a ABI, o senador e filho de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), fez “verdadeiras confissões de que não há crime quando o plano de assassinato não se concretiza, esquecendo que, sim, é crime planificar assassinatos e golpes de Estado contra as instituições republicanas”.
Na nota a ABI relembra o papel de resistência que teve em 1964, quando o Brasil sofreu o golpe militar que depôs o presidente João Gulart. “É nesse contexto que a ABI vem se somar às manifestações pelo fim da leniência com que vem sendo tratada essa facção criminosa das Forças Armadas, de seus financiadores e apoiadores na sociedade civil”.