Assessoras de Flávio Bolsonaro passaram R$ 27 mil a advogado dele, diz site
Senador e filho do presidente é investigado em suposto esquema de rachadinha de salários de servidores comissionados no Rio de Janeiro
atualizado
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Duas assessoras do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro repassaram um total de R$ 27 mil ao atual advogado do filho do presidente, Luis Gustavo Botto Maia, em 22 repasses mensais entre junho e dezembro de 2018. A informação foi divulgada pelo portal UOL, que teve acesso a documentos da investigação que deve levar o Ministério Público do Rio a denunciar Flávio por corrupção num esquema de rachadinhas de salários de assessores comissionados.
Os dados dos repasses, ainda segundo o UOL, vieram da quebra de sigilo bancário das funcionárias comissionadas Alessandra Cristina Oliveira e Valdenice Meliga.
Flávio Bolsonaro e o advogado dele ainda não se pronunciaram sobre a revelação, assim como as servidoras. O espaço está aberto para as defesas.
Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) já concluiu a investigação e prepara denúncia contra o senador e seu ex-assessor Fabrício Queiroz por envolvimento no esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do RJ (Alerj).
Após mais de dois anos de investigação, a peça em preparo pelo MPRJ deve apontar Flávio como líder de uma organização criminosa, e Queiroz, como o operador do esquema de corrupção que funcionava no antigo gabinete na Assembleia Legislativa. De acordo com as informações, eles podem ser acusados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia possui cerca de 300 páginas.
De acordo com os promotores, o senador usou, pelo menos, R$ 2,7 milhões em dinheiro vivo do esquema das rachadinhas.
As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (28/9) pelo jornal O Globo.