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“Assessora repetia que o crime não fazia sentido”, relatou ciclista

O jovem passava de bicicleta pelo local onde Marielle e o motorista foram assassinados a tiros

atualizado

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1 de 1 vereadora psol - Foto: Divulgação/Psol

Um estudante de teatro, que preferiu não se identificar, relatou nesta quinta-feira (15/3) que a assessora que estava no carro com a vereadora Marielle Franco (PSol-RJ), no momento em que ela foi morta por bandidos, ficou muito abalada e repetia que o crime “não fazia sentido”. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.

O jovem passava de bicicleta pela Rua João Paulo I, onde Marielle e o motorista, Anderson Pedro Gomes, foram assassinados a tiros. A assessora foi a única sobrevivente. A principal suspeita nas investigações é a de execução.

“Ela tremia muito, estava abalada. O pouco que ela conseguiu conversar foi dizer que não fazia sentido, que todos estavam conversando no carro, então não notaram se estavam ou não sendo seguidos. Ela estava muito suja de sangue e disse, também, que precisou pegar o volante do carro para encostar o veículo depois que o motorista foi baleado”, afirmou o rapaz.

De acordo com a reportagem, o motorista estava trabalhando de forma temporária, no lugar do funcionário oficial da vereadora, havia dois meses. Ele tinha um filho de um ano.

O ciclista comentou que costuma passar pela região todas as noites. Ele saiu mais cedo da aula, na quarta (14), por acaso. Durante a trajetória, cruzou com dois carros da Polícia Militar. Contudo, nenhuma viatura estava próximo ao local do crime, segundo ele.

“Essa rua é sempre deserta. É um pedaço que não tem prédios e bares. O movimento de carros diminui à noite e praticamente não tem pedestres. Quando eu passei, cheguei a pensar que fosse um assalto”, disse.

O estudante afirmou ter chegado ao local, logo após o crime, com pelo menos outras seis pessoas. Ele ficou na área por cerca de 10 minutos. Pouco tempo depois, a Polícia Militar chegou.

Marielle foi assassinada por volta das 21h30 de quarta (14), após deixar um evento chamado Jovens Negras Movendo as Estruturas, na Rua dos Inválidos, na Lapa.

Os corpos da vereadora e do motorista foram levados para a Câmara Municipal do Rio, onde ocorreu o velório, fechado ao público. Em seguida, aconteceu o enterro da vereadora, no Cemitério do Caju, e o de Anderson em Inhaúma.

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