Assembleia do Paraná aprova proibição da linguagem neutra em escolas
Caso o projeto seja sancionado, o governo do Paraná fica proibido de incluir a linguagem neutra em concursos públicos e publicidades
atualizado
Compartilhar notícia
A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou projeto de lei que proíbe o uso de linguagem neutra nas escolas públicas do estado. Se sancionado pelo governador Ratinho Júnior (PSD), a administração estadual fica proibida de utilizar termos como “todes” e “menines” também em também concursos públicos, publicidades e documentos oficiais.
A votação ocorreu na terça-feira (13/12), quando a casa legislativa aprovou a proposta com o voto de 26 deputados estaduais. Outros cinco parlamentares se posicionaram contra, enquanto apenas um se absteve.
A matéria é de autoria dos parlamentares Homero Marchese (Republicanos), Alexandre Amaro (Republicanos), Marcio Pacheco (Republicanos) e Coronel Lee (Democratas).
Um dos autores da proposta, Homero Marchese defendeu a matéria. Na tribuna, o parlamentar afirmou que a aplicação da linguagem neutra tem como objetivo “dominar, pela linguagem, o pensamento da população para que reflita, exatamente, aquele pensamento defendido por um pequeno número de pessoas”.
“É preciso deixar nossas crianças em paz”, disse Marchese, que ainda afirmou que o uso da linguagem neutra pode ser destrutivo para o desenvolvimento de crianças.
“O uso da chamada linguagem neutra é gramaticalmente incorreto, prejudica o aprendizado, nesse sentido, exclui, ao invés de incluir”, disse.
O deputado Professor Lemos (PT), por sua vez, se posicionou contra a matéria. “O projeto está querendo dizer que nós não ensinamos a língua padrão. Nós ensinamos a língua padrão, sim, nas escolas e universidades, mas respeitamos e valorizamos a linguagem coloquial”.