Assédio na Caixa: 2 anos após caso, associação exige medidas práticas
Carta foi encaminhada à instituição com medidas concretas para combater o assédio na empresa. O caso do assédio na Caixa completa dois anos
atualizado
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Há exatamente dois anos, o Metrópoles publicou reportagem revelando casos de assédio sexual envolvendo Pedro Guimarães (foto em destaque), então presidente da Caixa Econômica Federal. Nesta sexta-feira (28/6), a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) enviou uma carta-compromisso ao banco.
O objetivo é demandar “medidas concretas para combater o assédio na empresa”. O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, assinou a carta.
“Foi um dia que marcou negativamente a história da Caixa e abalou significativamente os empregados. Esperamos que a Caixa se empenhe, efetivamente, em coibir qualquer ato de assédio no banco e punir os assediadores conforme as leis e políticas da empresa” destacou, em nota.
A carta estabelece compromissos como:
- realizar diagnósticos e avaliações frequentes para identificar o cenário sobre o assunto;
- fortalecer e/ou aprimorar práticas e políticas;
- e melhorar os canais de denúncia e ouvidoria, qualificando a identificação de assédios conforme a Lei 14.457/2022, garantindo o anonimato, a proteção ao denunciante e a não retaliação.
Além disso, há a exigência de colocar em prática e de forma efetiva a cartilha de enfrentamento ao assédio moral e sexual.
A diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber, destacou que “este ato simbólico e concreto de hoje reflete a força e a determinação das mulheres que denunciaram os casos”.
Embora a carta não tenha caráter legal, é considerada como uma ferramenta e “de controle social”.
Relembre o caso de assédio na Caixa
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, foi alvo de diversas denúncias de casos de assédio moral e sexual praticados por ele contra funcionados do banco.
A primeira reportagem do Metrópoles, publicada no dia 28 de junho, revelava uma série de casos de assédio.