Assassinato de Marielle não ocorreu antes por determinação de Rivaldo
Ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro é apontado como autor intelectual do assassinato da vereadora Marielle Franco
atualizado
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O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) não ocorreu antes por determinação de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ), de acordo com o inquérito da Polícia Federal (PF). O crime era planejado pelos autores intelectuais desde 2017.
Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados em 14 de março de 2018, um dia depois de Rivaldo Barbosa ser empossado como chefe da polícia fluminense, em 13 de março do mesmo ano.
O ex-chefe da Polícia Civil do Rio foi apontado como autor intelectual dos homicídios pelo Ministério Público Federal (MPF). Ele também teria indicado o delegado Giniton Lages como titular da Delegacia de Homicídios, que investigou o caso, para que os mandantes dos crimes não fossem revelados.
Rivaldo foi preso no Rio de Janeiro na manhã deste domingo (24/3) por participação nos assassinatos de Marielle e Anderson. Ele passou por audiência de custódia na capital fluminense e seguiu para Brasília, no Distrito Federal, onde ficará preso na Penitenciária Federal.
Também foram presos os irmãos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), e Chiquinho Brazão (União Brasil-EJ), deputado federal. Ambos são apontados pelo MPF como autores intelectuais dos homicídios.
A Polícia Federal cumpriu 12 mandados de busca e apreensão contra os supostos mandantes dos homicídios em locais como nas sedes da Polícia Civil do Rio, TCE e na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O delegado Giniton Lages também foi alvo de busca e apreensão neste domingo. No entanto, ele segue em liberdade.