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Assassinato de Mãe Bernadete repercute entre líderes dos direitos humanos

Maria Bernadete Pacífico, yalorixá e ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho (BA), foi assassinada na noite de quinta

atualizado

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Imagem colorida da Maria Bernadete, de 72 anos, era líder quilombola e yalorixá - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida da Maria Bernadete, de 72 anos, era líder quilombola e yalorixá - Metrópoles - Foto: Reprodução

Líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, Maria Bernadete Pacífico foi assassinada na noite da última quinta-feira (17/8). Ela foi executada a tiros após ter sido feita de refém em seu terreiro, na cidade goiana de Simão Filho. Diversas personalidades e instituições repudiaram o caso. Entre eles, o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH), Silvio Almeida, e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT).

Mãe Bernadete, de 72 anos, além de yalorixá e liderança quilombola, já foi secretária de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho, na Bahia. Ainda nesta sexta-feira (18/8) uma comitiva de integrantes dos ministérios de Igualdade Racial, Justiça e Direitos Humanos deve chegar à Bahia para se reunir com autoridades. O governador da Bahia pediu que a investigação sobre o caso fosse feito imediatamente pelas polícias Militar e Civil.

Confira os posts sobre Mãe Bernadete

A presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Sheila Carvalho, também lamentou o ocorrido, e ressaltou que Maria Bernadete também era uma das maiores lideranças negras do país. A deputada federal Dandara Tonantzin (PT) considerou a perda dolorosa e revoltante. O instituto Marielle Franco considerou que o episódio “escancara a perversidade do país”.

Veja:

O Ministério da Cultura também divulgou nota em que lamenta profundamente a morte de Bernadete. “Mulher preta, ialorixá e voz potente na luta pelos direitos do povo negro, Mãe Bernadete foi silenciada de maneira brutal, na noite de ontem (17/8). Liderança do mesmo território, Flávio Gabriel Pacifico dos Santos, o Binho do Quilombo, foi assassinado a tiros há 6 anos. Binho era filho de Bernadete”, diz o documento.

“A execução atinge a família, a comunidade de Pitanga dos Palmares, os quilombos e o povo negro. O crime enluta os brasileiros que acreditam no respeito como valor basilar da nossa sociedade. Que as respostas sejam encontradas e a justiça seja feita”, completa a nota da pasta.

Entenda o caso

A yalorixá Maria Bernadete foi assassinada seis anos após a morte de seu filho, o ex-candidato a vereador do município de Simões Filho, Binho do Quilombo, como era conhecido Flávio Gabriel Pacífico dos Santos.

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