Assassinato de sogros de prefeito foi solucionado por sangue no pé
A Polícia Civil descobriu os dois criminosos devido ao rastro de sangue das vítimas que estava no pé de um dos suspeitos
atualizado
Compartilhar notícia
Os suspeitos de assassinar os sogros do prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, Victor Coelho, foram presos pela Polícia Civil, nessa terça-feira (8/10). O casal teria cometido o crime na manhã de terça e acabaram descobertos logo na sequência, após Valmir Santana Ribeiro ser identificado pela Guarda Municipal por ter restos de sangue das vítimas em seu pé. As informações são do jornal O Globo.
Valmir, ao ser preso, informou aos agentes a localidade da segunda suspeita, Adriana de Souza Santos. Segundo Polícia Civil, a mulher estava em outro bairro para comprar drogas.
Ambos são acusados de matar a facadas Luiz Geraldo Duarte Ignez e Cacilda Vetoraci Duarte. Além dos dois, os criminosos mataram os cachorros do casal.
Os criminosos disseram que o objetivo era roubar uma quantia suficiente para se estabelecerem na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ).
Eles levaram da casa duas TVs e o carro de Luiz Geraldo. O veículo foi localizado pela Guarda Municipal momentos após crime com o suspeito.
Valmir e Adriana estavam hospedados no hotel administrado pelas vítimas, que funciona no mesmo terreno da casa. Os vizinhos reportaram aos agentes que estranharam a ausência do casal na varanda, onde ficava ao longo do dia.
“O rapaz confessou o crime. Ele disse que golpeou primeiro a senhora e, depois, o senhor, que havia saído para comprar uma marmita (no momento da invasão)”, detalhou o delegado Felipe Vivas.
Ao O Globo a comandante da Guarda Municipal, Edinete Modesto Fraga Mendes, disse que “automaticamente assimilaram ele com o crime. A mulher foi presa logo em seguida. Ele que apontou onde ela estava, no bairro Bela vista, deslocando-se para comprar drogas”.
Em depoimento, Valmir explicou que matou o casal para não ser reconhecido. Ele alegou que não matou os cachorros dos sogros do prefeito e que Adriana teria planejado o crime. Ela, no entanto, negou qualquer participação no duplo assassinato.
Valmir e Adriana eram alvo de investigações no Espírito Santo por tentativa de assassinato, furtos e tráfico de drogas.
A Polícia Civil informou que, na manhã do crime, Valmir era procurado pelos policiais para prestar depoimento. Em maio de 2024, ele foi preso por um crime patrimonial, mas acabou solto após audiência de custódia.