metropoles.com

Assassinato de Marielle coloca intervenção no Rio em xeque

Planalto se mobilizou para tentar reduzir o desgaste relacionado à atuação dos militares no estado

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Agência Estado
WhatsApp Image 2018-02-22 at 12.56.19
1 de 1 WhatsApp Image 2018-02-22 at 12.56.19 - Foto: Agência Estado

Os benefícios políticos que o governo esperava ter com a intervenção no Rio de Janeiro podem estar comprometidos. Após o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes, o Planalto se mobilizou para tentar reduzir o desgaste relacionado à atuação dos militares no estado. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

Segundo a reportagem, a ordem dos auxiliares do presidente da República, Michel Temer (MDB), é ecoar o discurso de que o governo está atuando para resolver o crime o quanto antes e que a morte da vereadora não vai abalar a credibilidade da intervenção.

Na avaliação do Planalto, é preciso mostrar resultado rapidamente – ou seja, os investigadores têm que encontrar os culpados pelo assassinato de Marielle em pelo menos 48 horas – para evitar que uma crise se instale em definitivo. “Precisamos continuar atuando para mostrar que estamos combatendo o crime. Não vai haver recuo”, disse o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral).

O principal temor do governo federal é que a repercussão dos assassinatos de Marielle e de seu motorista coloquem em xeque a eficácia da intervenção. O presidente convocou uma reunião no Palácio Planalto e deu início à estratégia para tentar salvar o cunho político da medida.

Na presença de seus principais conselheiros, Moreira Franco, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), além do ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, Temer decidiu enviar ao Rio Raul Jungmann (Segurança Pública) e o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro. Gustavo Rocha, titular de Direitos Humanos, já tinha uma reunião marcada na capital fluminense e se juntou ao grupo.

Em seguida, Temer fez um discurso em que comunicou a viagem dos ministros e disse que é preciso “acabar com esse banditismo desenfreado que se instalou por força das organizações criminosas”. “Estamos no Rio para restabelecer a paz”, completou.

Desde a noite desta quarta-feira (14), o presidente queria mostrar ação prática e havia informado, via redes sociais, que colocaria a PF à disposição para auxiliar nas investigações do crime.

Violência no Rio
Marielle Franco, 38 anos, foi morta na noite de quarta (15), com o motorista Anderson Pedro Gomes, 39, quando voltavam de uma roda de conversa intitulada “Jovens Negras Movendo Estruturas”. O carro em que estavam foi atingido por nove tiros. A polícia trabalha com a hipótese de execução. Uma assessora que estava no banco de trás, Fernanda Chaves, sobreviveu.

O assassinato da vereadora ocorreu dois dias antes de a intervenção federal na segurança pública do estado completar um mês. A medida, inédita, foi anunciada por Temer em 16 de fevereiro, com o apoio do governador Luiz Fernando Pezão, também do MDB.

Temer nomeou como interventor o general do Exército Walter Braga Netto. Ele, na prática, é o chefe das forças de segurança do estado, como se acumulasse, sob o seu comando, as secretarias da Segurança Pública e de Administração Penitenciária com as polícias Militar, Civil, bombeiros e agentes carcerários.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?