Assaltos aumentam nos arredores da UFRJ e atingem estudantes
Prática é denunciada por estudantes do campus Praia Vermelha, que voltaram às aulas presenciais há quase um mês
atualizado
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Rio de Janeiro — Dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro apontam que o número de roubos a pedestres na região da 10ªDP (Botafogo) cresceu em 2022. Nos três primeiros meses do ano, foram registrados 16 casos a mais que no mesmo período de 2021.
Em meados de abril, o campus Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Zona Sul, voltou com as aulas presenciais. Nesse cenário, os alunos de cursos como Economia, Psicologia, Comunicação e Pedagogia entraram em alerta, e há relatos de crimes por ali.
Essa unidade da instituição conta com 9 mil estudantes e possui quatro acessos ao público. O portão da Avenida Venceslau Braz, no bairro de Botafogo, é um dos mais movimentados. Foi nessa área que uma estudante acabou vítima de bandidos.
“Fui assaltada no primeiro dia da volta às aulas. Passou um ônibus da linha 474, e uns quatro meninos pularam do coletivo e foram na direção do ponto, onde eu estava. Pediram meu celular e resisti, mas vi que um homem estava sendo espancado e entreguei o telefone. Em seguida, os ladrões voltaram pro ônibus”, contou Letícia Gouvêa, aluna de Psicologia da UFRJ, ao Metrópoles.
Outra aluna, que preferiu não se identificar, também virou alvo de um assalto no mesmo local e na semana da volta às aulas.
“Foi mais ou menos às 20h30. A gente estava no ponto, mais perto do portão, para nos sentirmos mais seguros. Os ladrões saltaram de um ônibus e vieram na minha direção. Levaram minha bolsa com celular, carteira e material. Soube que nesse dia aconteceram três assaltos por ali”, contou a estudante de Relações Internacionais.
Ações da polícia
A administração da UFRJ lamentou os assaltos em suas imediações. Entretanto, reforçou que não foram registradas ocorrências nas dependências da instituição.
“As abordagens ocorreram fora de nossos campi e unidades isoladas. Com isso, reiteramos que se trata, portanto, de um problema de segurança pública no Rio de Janeiro e não uma questão em que a UFRJ possa atuar diretamente”, pontuou.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmou que atua com policiamento regular na área, e recomendou que os cidadãos comuniquem as ocorrências à corporação.
A Secretaria de Estado da PM informou que o 2ºBPM (Botafogo) emprega ações ostensivas diariamente neste perímetro, entre os bairros Botafogo e Urca, abrangendo a Praia Vermelha. Também há equipes do Bairro Presente do 2ºBPM na Urca. O batalhão relata que estabeleceu contato com a universidade para dialogar sobre as demandas de segurança pública do local.
A PM ressaltou que é de suma importância que a população ajude com denúncias. Segundo a corporação, os registros em delegacias da Polícia Civil são essenciais, pois colaboram com a revisão do planejamento operacional na área onde a mancha criminal é mais acentuada.
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