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Às vésperas do começo do inverno, vacinação contra gripe está empacada

Baixa demanda preocupa o Ministério da Saúde. Somente trabalhadores da saúde e idosos ultrapassaram 50% da meta de imunização

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Vacinação contra gripe posto 612 Sul
1 de 1 Vacinação contra gripe posto 612 Sul - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Mais de 70 dias após o início da vacinação contra a gripe, somente dois grupos que pertencem ao público-alvo prioritário da campanha atingiram 50% da meta. A imunização contra a influenza não deslancha, o que acendeu sinal de alerta no Ministério da Saúde, às vésperas do inverno – a estação começa na terça-feira (21/6).

O maior problema do adoecimento por gripe nesse período é que o acúmulo de enfermos pode pressionar os serviços de saúde do país.

Fazem parte dos grupos prioritários para a vacinação: crianças, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas, idosos e professores. Dessas pessoas, somente funcionários da saúde e idosos ultrapassaram metade do público a ser imunizado.

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De acordo com infectologistas, a gripe é causada por vários vírus diferentes, mas os principais são os subtipos H1N1 e H3N2 do influenza
Os principais sintomas da gripe são dor no corpo, fadiga, febre, secreção, coriza, espiros e tosse. Os casos são limitados e, em dois ou três dias, o paciente não apresenta mais indícios da doença
A indicação é que pessoas gripadas bebam bastante líquido e descansem
A Ômicron, variante da Covid, está associada a sintomas respiratórios mais leves, como os de um resfriado, por exemplo
Perda de apetite, espirros, suores noturnos, sensação de garganta arranhando, cansaço e elevação na frequência cardíaca de crianças infectadas são alguns dos sintomas da cepa
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Ômicron, Delta e gripe. Estamos enfrentando tempos em que doenças de transmissão respiratória têm causado medo e incertezas. Por isso, conhecer os principais sintomas de cada uma é necessário para assegurar sua saúde e a de quem você ama

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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De acordo com infectologistas, a gripe é causada por vários vírus diferentes, mas os principais são os subtipos H1N1 e H3N2 do influenza

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Os principais sintomas da gripe são dor no corpo, fadiga, febre, secreção, coriza, espiros e tosse. Os casos são limitados e, em dois ou três dias, o paciente não apresenta mais indícios da doença

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A indicação é que pessoas gripadas bebam bastante líquido e descansem

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A Ômicron, variante da Covid, está associada a sintomas respiratórios mais leves, como os de um resfriado, por exemplo

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Perda de apetite, espirros, suores noturnos, sensação de garganta arranhando, cansaço e elevação na frequência cardíaca de crianças infectadas são alguns dos sintomas da cepa

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No caso de pacientes contaminados com a variante Delta, o adoecimento é mais rápido do que as outras mutações, e há maior risco de hospitalização, sobretudo para os não imunizados

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Segundo informações do Instituto Butantan, os sintomas mais comuns da variante Delta são febre, tosse persistente, coriza, espirro, dor de cabeça e garganta. Perda de paladar e de olfato não são comuns para os infectados por essa cepa

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A principal diferença entre a Covid-19 e a gripe é que a última possui sintomas mais fortes nos dois primeiros dias. Já na Covid-19, em casos mais graves, acontece após o oitavo dia

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O uso da máscara é importante em caso de infecções respiratórias

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Ao todo, 56,8% dos idosos tomaram a dose de proteção contra a gripe. Dos trabalhadores da saúde, 56,4%.

Os dados foram analisados pelo Metrópoles, com base em material publicado pelo LocalizaSUS, plataforma de prestação de contas do Ministério da Saúde.

Gestantes e puérperas, que são mulheres que deram à luz em um período de até 45 dias, apresentam a menor procura pela proteção, com 32,3% e 33,3% do público imunizado, respectivamente.

Veja o percentual de vacinação, subdividido por categoria:

  • Puérperas – 33,3%
  • Povos indígenas – 45,5%
  • Gestantes – 32,3%
  • Crianças – 40,1%
  • Trabalhadores da saúde – 56,4%
  • Idosos – 56,8%
  • Professores – 42,9%

A baixa demanda preocupa o Ministério da Saúde. No começo do mês, a pasta prorrogou a campanha até 24 de junho. A ação estava prevista para ser encerrada em 3 de junho.

A partir de 25 de junho, estados e municípios poderão ampliar a campanha contra a gripe para toda a população, enquanto durarem os estoques do imunizante. A iniciativa começou em 4 de abril.

Neste ano, o público-alvo soma 77,9 milhões de pessoas. Até sexta-feira (17/6), foram aplicadas 33,4 milhões de doses. O Ministério da Saúde distribuiu 79,9 milhões de unidades do fármaco.

Alerta

A infectologista Ana Helena Germoglio, professora assistente de medicina no Centro Universitário de Brasília (UniCeub) e especialista em prevenção de infecções hospitalares, explica que vários motivos contribuem para a baixa adesão popular.

A especialista cita como exemplo os adoecimentos por dengue, entre o fim do ano passado e o começo deste ano, além dos casos de Covid-19, que voltaram a subir nas últimas semanas. “Muitas pessoas estão com quadro de Covid, então estão priorizando essa doença”, salienta.

Ana Helena Germoglio, contudo, faz críticas à campanha para atrair as pessoas. “Estamos com um chamamento público muito aquém do que a gente deveria ter. As pessoas esquecem que a influenza pode evoluir para quadros graves”, pondera.

A médica avalia que é preocupante o fato de as gestantes e puérperas estarem com baixa imunização. “Elas precisam se vacinar para quebrar o ciclo de transmissão”, conclui.

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