Artista pinta “Bolsonaro genocida” e narra ameaça de suposto policial
Jean Siqueira relatou que foi abordado por um homem, que carregava uma arma. Ele teria dito que não pode “falar mal do presidente”
atualizado
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O artista Jean Siqueira, de Cuiabá, afirmou, por meio das suas redes sociais, ter sido ameaçado por um homem que se identificou como policial militar após produzir um grafite contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No desenho, a figura da morte com uma foice aparece acompanhada dos dizeres “Bolsonaro genocida”.
O caso teria ocorrido na capital de Mato Grosso, na manhã desta quinta-feira (3/6). Segundo Siqueira, a arte foi feita em um local abandonado. “Quando estava finalizando meu trabalho, percebi que estava sendo seguido por esta pessoa em seu carro. No momento em que estava me dirigindo à minha casa, percebi que ele estava me filmando. Questionei o que estava acontecendo. Ele me respondeu que o que eu estava fazendo era crime e que poderia ser preso por isso”, escreveu na publicação.
De acordo com o artista plástico, ele questionou o motivo da possível prisão e o homem afirmou que ele não poderia “falar mal do presidente”. O artista solicitou que a polícia fosse chamada.
“Iniciou-se uma discussão. Em seguida, ele se identificou como policial militar, sacou uma pistola e ficou com ela em punho, no colo, dentro do carro. Em tom de ameaça, começou a tirar foto da minha casa, de mim e do meu amigo que me acompanhava. O homem falou para que eu ‘ficasse esperto’. Relatei que já havia feito trabalhos para as corporações, como a Rotam, e nunca havia tido problemas desse tipo”, contou.
O artista fez uma foto do carro e da placa do suposto policial, que teria deixado o local. Logo depois, registrou boletim de ocorrência.
A reportagem entrou em contato com a PM de Mato Grosso, mas não obteve resposta até a publicação. O espaço segue aberto.
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