Arthur Weintraub deixa o governo Bolsonaro e será indicado a cargo na OEA
Irmão mais novo do ex-ministro da Educação era assessor especial da Presidência da República e representante da ala olavista do governo
atualizado
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Três meses após Abraham Weintraub deixar o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), o assessor especial da Presidência e irmão do ex-ministro, Arthur Weintraub, anunciou a saída do cargo.
Ele não vai ficar desempregado, pois deverá ser indicado pelo Brasil a uma vaga na Organização dos Estados Americanos (OEA). Com isso, a ala radical do Palácio do Planalto, ligada ao guru Olavo de Carvalho, perde mais um dos integrantes.
A saída de Arthur Weintraub não é uma surpresa em Brasília. Após o irmão deixar o Ministério da Educação e ganhar um emprego em órgão multilateral, o Banco Mundial, ele trabalhou sob a pressão da ala pragmática do governo, que quer o fim das polêmicas ideológicas no entorno do presidente.
A exoneração foi anunciada na tarde desta terça-feira (15/9) pelo próprio Arthur Weintraub, que postou vídeo ao lado do presidente Bolsonaro, da mesma maneira que o irmão havia feito em junho.
Veja:
Ao melhor presidente, um até breve. Não é um adeus. pic.twitter.com/VSi8NVGlBT
— Arthur Weintraub (@ArthurWeint) September 15, 2020
Nesse caso, ao contrário do que ocorreu com Abraham, Bolsonaro estava mais desenvolto na filmagem e agradeceu ao trabalho do agora ex-assessor, além de ter deixado “portas abertas”.
O Weintraub mais novo se disse “triste” por deixar o cargo no governo, que, de acordo com ele, foi “uma honra” exercer.
Nos últimos meses, além de conselheiro ideológico, Arthur Weintraub se tornou um dos grandes defensores da cloroquina contra o coronavírus, apesar da falta de evidências científicas de sua eficácia.