Arthur Maia cancela último depoimento da CPMI do 8 de Janeiro
CPMI que investiga atos do 8 de janeiro não terá mais sessões e começa leitura do relatório no dia 17 de outubro
atualizado
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O deputado federal Arthur Maia (União-BA), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de Janeiro no Congresso Nacional, cancelou o último depoimento que seria ouvido pelo colegiado.
A sessão estava marcada para esta quinta-feira (5/10), a partir das 9h. O subtenente Beroaldo José de Freitas Júnior, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), seria o último depoente ouvido pela CPMI. O policiar militar ficou gravemente ferido ao agir para conter manifestantes em 8 de janeiro.
“Diante da expectativa de baixo quórum para oitiva e do enfoque maior dos gabinetes na preparação do relatório final e de eventuais votos em separado, informamos que a reunião de amanhã está cancelada”, informou a assessoria do deputado em nota.
Dessa forma, a CPMI não tem atividades marcadas na próxima semana. Já na terça-feira (17/10) seguinte, será feita a leitura do relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Caso haja pedido de vista, o processo será retomado na quarta-feira (18/10) com a leitura do voto separado da oposição, fala dos parlamentares inscritos e votação do relatório.
Depois que o requerimento de convocação do comandante da Força Nacional foi negado, Maia cancelou a reunião que estava marcada para buscar acordos sobre os últimos depoimentos da comissão. Ele descartou ouvir novamente o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e cancelou a oitiva do ex-ministro Braga Netto, por considerar que este seria muito semelhante ao do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno.
O último depoimento colhido pela CPMI foi o do empresário Argino Bedin, conhecido como “pai da soja”. Ele é apontado como um dos financiadores dos atos golpistas em Brasília. Ele não realizou a apresentação inicial de 15 minutos, prevista pelo regimento do Congresso. Ele também decidiu ficar calado diante dos questionamentos dos parlamentares, utilizando o direito concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).