Polícia confirma que farinha do bolo que matou família tinha arsênio
A origem da contaminação do bolo que matou três membros da mesma família foi encontrada na farinha
atualizado
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul informou nesta segunda-feira (6/1) que a fonte de contaminação do bolo, que continha arsênio e resultou na morte de três membros da mesma família, estava na farinha encontrada na casa da família. A suspeita, Deise Moura dos Anjos, foi presa preventivamente.
De acordo com Marguet Mittman, diretora do Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul, a mulher é suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil com emprego de veneno e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada.
Morreram Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47, e Maida Berenice Flores da Silva, de 59, filha e irmã de Neuza, respectivamente. Os investigadores inicialmente haviam confirmado a presença de arsênio em amostras de sangue das vítimas.
Outras três pessoas, incluindo uma criança, foram hospitalizadas. O caso aconteceu em Torres, litoral norte do Rio Grande do Sul. A suspeita de envenenar a farinha do bolo, Deise Moura dos Anjos, é nora de uma das mulheres hospitalizadas, Zeli dos Anjos, que está estável. Os investigadores apontam que uma desavença do passado motivou o envenenamento.
A perícia encontrou “concentrações altíssimas de arsênio” no corpo das vítimas, sendo “impossível tratar-se de uma concentração natural […] tratar-se apenas de uma receita de bolo”. Os exames de sangue, urina e o conteúdo estomacal apontaram para o envenenamento por arsênio.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, há provas robustas que indicam que a suspeita, Deise Moura dos Anjos, teria envenenado a farinha que seria utilizada na preparação do bolo.
A reunião familiar ocorreu no dia 23 de dezembro. Sete pessoas estavam presentes, mas apenas uma não consumiu o bolo. Entre os que comeram seis passaram mal e precisaram ser levados ao Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres. Uma delas recebeu alta.
Neusa Denise da Silva dos Anjos, de 65 anos, morreu no dia 24 de dezembro, após sofrer um “choque pós-intoxicação alimentar”, como apontaram as investigações inicialmente. As irmãs Maida Berenice Flores da Silva, de 58, e Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43, também faleceram, ambas por paradas cardiorrespiratórias.
