Arrecadação de seguro habitacional cresce 10,6% nos primeiros 4 meses

O seguro habitacional apresentou crescimento de 10,6% na arrecadação durante os primeiros quatro meses de 2024, ante o mesmo período no ano passado. No total, a modalidade arrecadou R$ 2,3 bilhões, de acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

Outro crescimento identificado foi no valor de indenizações entre janeiro e abril, quando os contratantes do seguro habitacional receberam cerca de R$ 567,3 milhões — o que representa alta de 18,5% em relação ao mesmo período de 2023.

Ainda segundo dados da CNseg, entre as unidades federativas (UFs), o Distrito Federal foi a que mais pagou indenizações, com R$ 631,5 milhões, seguido por São Paulo, com R$ 578,4 milhões.

Vale destacar que a contratação do seguro é obrigatória no ato de financiamento de um imóvel. Ou seja, trata-se de uma garantia para as operações de crédito imobiliário tanto para aquisição quanto para construção de imóvel residencial.

A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) informou que abril registrou o maior número de financiamentos imobiliários: 49,5 mil imóveis que foram financiados nas modalidades de aquisição e construção (alta de 19,1% em relação ao mesmo período de 2023).

Inflação e taxa de juros

Para o presidente da comissão de habitacional da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Lincoln Peixoto, a diminuição da inflação e a redução da taxa de juros são responsáveis pela expansão do seguro habitacional no país.

Segundo ele, esses fatores “aumentam a propensão das pessoas a entrar no financiamento do próprio imóvel”. Peixoto destacou que “o seguro habitacional se beneficia desse cenário, aumentando sua contratação”.

“Este seguro, ao mesmo tempo que garante a sustentabilidade do financiamento imobiliário no país, também representa para as famílias dos mutuários (pessoa que faz um empréstimo com a finalidade de adquirir um bem) a certeza de que estarão cobertos em caso de danos sofridos pelo imóvel, incluindo aqueles decorrentes de enchentes e alagamentos, além da cobertura oferecida em situações de morte ou invalidez do titular”, declara.

Além disso, o presidente da comissão FenSeg acredita que a entrega dos empreendimentos imobiliários contratados sob o programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida poderá manter a alta na arrecadação da modalidade.