“Arrasado”, diz advogada sobre pai de provável envenenada por madrasta
Corpo de jovem foi exumado nesta quinta (26/5). “O pai está completamente descartado da investigação”, disse delegado responsável pelo caso
atualizado
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Rio de Janeiro – Durante a exumação do corpo de Fernanda Cabral, de 22 anos, nesta quinta (26/5), os pais da jovem, Adeilson Jarbas Cabral e Jane Carvalho, acompanharam a remoção do caixão de longe e muito emocionados.
“O pai, a mãe, a família está inconsolável. Estamos na fase inicial de investigação, os médicos ainda precisam ser ouvidos”, disse Marcella Fernandes, advogada dos pais de Fernanda ao Metrópoles.
Fernanda morreu em 27 de março, após ficar 12 dias internada por suspeita de envenenamento pela madrasta, Cintia Mariano Dias Cabral, presa desde a última sexta-feira (20/5).
“Hoje tenho lágrimas nos olhos, a leoa está muito ferida. Hoje vai ocorrer um fato muito importante nas investigações. Que essa mulher pague tudo em dobro, todo esse sofrimento, toda essa angústia”, disse Jane Carvalho, mãe de Fernanda, nas redes sociais.
Assim como a mãe, Adeilson estava muito abalado e não quis falar com a imprensa após a exumação. “O pai está completamente descartado da investigação. Ele nunca desconfiou de nenhuma atitude suspeita de Cintia. Está arrasado com tudo isso”, afirmou o delegado Flavio Rodrigues, da 33 DP, responsável pela investigação.
Segundo a defesa da família, Jane chegou a alertar os médicos do Hospital Municipal Albert Schweitzer. “A mãe suspeitou, perguntou aos médicos se a filha dela tinha sido envenenada e disseram que não. Mas, quando foi com o Bruno, ela teve certeza” disse.
Questionado sobre negligência por parte do hospital, o delegado explicou que os profissionais que atenderam Fernanda, cerca de 12, serão ouvidos nos próximos dias. Um deles já prestou depoimento nessa quarta-feira (25/5).
“O médico não deve ter vislumbrado a hipótese de intoxicação exógena. Esse diagnóstico é mais fácil de ser feito pelo IML. Não que os médicos do hospital não sejam capacitados para isso”, analisou o delegado.
Irmão
Após a morte da irmã, Bruno Cabral também teria sido envenenado por meio de um feijão, cozinhado pela madrasta. Após a morte de Fernanda, em março, Cíntia teria tentado assassinar Bruno da mesma maneira, mas sem sucesso, no último dia 15/5.
“O Bruno não consegue nem ir para a escola, foi um trauma muito grande”, disse a advogada ao Metrópoles. A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu um frasco de veneno para pulgas na casa de Cíntia. Também foi recolhido um recipiente com feijão.
Bruno passou por um exame para análise de suco gástrico, na intenção de encontrar vestígios da substância usada para o suposto envenenamento. “Precisamos ter também o resultado do laudo do Bruno, para saber se a substância usada para Fernanda foi a mesma para ele”, explicou o advogado Raphael Forte.
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