“Aroldinho”, citado na caderneta apreendida de Queiroz, é ex-agente da PF
Agente aposentado aparece ao lado de Jair Bolsonaro em vídeo gravado antes antes da eleições e se diz amigo e eleitor de Flávio Bolsonaro
atualizado
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De acordo com o Ministério Público, “Aroldinho”, citado na caderneta de anotações apreendida na casa da esposa de Fabrício Queiroz, preso na última quinta-feira (18/06), é Aroldo Antônio de Oliveira Mendonça, agente aposentado da Polícia Federal.
Em um vídeo gravado em 29 de setembro de 2018, ele aparece ao lado de Jair Bolsonaro e pede para que o então futuro presidente mande um abraço ao pai: “Vamos subir a rampa junto, ok, seu Aroldo? Valeu”, diz Bolsonaro.
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Quero ver meu pai com seus 90 anos subindo a rampa com BOLSONARO! ????????
Uma frase escrita à mão chamou chamou a atenção dos investigadores: “Aroldinho, pode chegar até o Queiroz caso seja ‘preço'”. Segundo os agentes, queriam dizer, “preso”.
Em sua defesa, Aroldo nega saber o motivo de seu nome aparecer nas anotações, segundo o G1. Além de ser policial federal, ele é pré-candidato à Prefeitura de Duque de Caxias, pelo PSL.
Aroldo filiou-se ao diretório estadual, que era presidido por Flávio Bolsonaro, do partido em março de 2018. Ele também foi presidente da Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e Terminas (Coderte), de junho a outubro de 2019.
Os investigadores afirmam ter encontrado um ponto que liga Aroldinho e Flávio Bolsonaro. O agente é dono de uma loja de franquia de chocolates Kopenhagen, no Rio de Janeiro, a poucos metros da Superintendência da Polícia Federal. Esta loja é a mesma da que pertence ao filho do presidente e está sendo investigada pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro.
A loja de Aroldinho é a quarta a aparecer nesse meio. Outras duas franquias estão no nome do advogado Victor Granado, ex-assessor de Flávio Bolsonaro que teve o sigilo quebrado no inquérito das “rachadinhas”.
Defesa de Aroldinho
O agente da PF disse que falou poucas vezes com Fabrício Queiroz e telefonou para ele quando sou que estava doente. Afirmou ainda que é amigo e eleitor de Flávio Bolsonaro e tem esperança de que fique comprovado que ele não cometeu crime. Por fim, contou que a loja de chocolates não tem irregularidade alguma.