Armadilha do amor: usuário de app de namoro é sequestrado e torturado
Homem de 39 anos marcou encontro pelo aplicativo, mas foi vítima de uma quadrilha de golpistas, em São Paulo. Vítima perdeu R$ 66 mil
atualizado
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São Paulo – Um homem, de 35 anos, foi sequestrado e torturado após cair em um golpe num aplicativo de namoro, na zona oeste de São Paulo, na terça-feira (8/3). A vítima foi resgatada com vida pela polícia depois de uma denúncia anônima.
Após marcar um encontro com uma mulher que, supostamente, chamava-se Sabrina, um funcionário público foi surpreendido por quatro criminosos em um Golf cinza, no bairro Butantã, que o levaram ao cativeiro.
O homem foi mantido em cativeiro e agredido física e psicologicamente por quase 24 horas. A vítima foi encontrada por agentes da Polícia Militar que patrulhavam a região e obtiveram denúncia anônima sobre a situação.
Durante o sequestro, os criminosos exigiram a entrega dos cartões e das senhas da vítima para que fossem feitos saques. Ao todo, o usuário do aplicativo de namoro perdeu R$ 66 mil. No cativeiro, foram encontrados seis telefones celulares, assim como uma carteira de trabalho e munição.
“Eles dão uma água, abraçam, dão beijo na testa, [falam] ‘fica calmo, não vai acontecer nada! A gente só quer o dinheiro’. Aí, [depois] vinham para porrada, para humilhação, [ameaça de] cortar dedo, ‘a gente sabe onde seus pais moram, estamos com a foto do seu sobrinho no celular’. [Começaram a falar da] minha ex-namorada… Cheguei a falar, ‘cara, me mata, mas deixa os outros, eles não têm nada com isso’”, contou a vítima ao Balanço Geral, do Record TV.
Suspeito preso
Em nota ao Metrópoles, a Secretaria de Segurança Pública de SP diz que o suspeito pela extorsão foi preso em flagrante na Rua Sebastião Gonçalves, na Vila Albano, também na zona oeste da cidade, por volta de 17h45 de quarta-feira (9/3).
O caso foi registrado no 89º DP, que solicitou perícia do local. Os telefones e demais objetos encontrados no cativeiro também foram apreendidos. O autor foi autuado e permaneceu à disposição da Justiça. A autoridade policial requisitou conversão da prisão em flagrante em preventiva.