Argentina: PL diz que pagou viagem de Bolsonaro e de parte da comitiva
Valdemar Costa Neto diz que PL não usou dinheiro público, só recursos de doações, e que políticos com mandato bancaram as próprias despesas
atualizado
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Governadores, senadores, deputados, ex-ministros, aliados políticos, apoiadores e parentes integraram a comitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi acompanhar a cerimônia de posse do presidente eleito da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, neste domingo (10/12).
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou ao Metrópoles que o PL bancou os custos com passagens e hospedagens de quem não tem mandato, incluindo os de Bolsonaro e da ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro: “Não com dinheiro público do partido, mas com doações”.
O dirigente afirmou ainda que deputados, senadores e governadores com mandato pagaram os custos com recursos próprios.
Nas fotos, foi possível contar pelo menos 40 pessoas na comitiva do ex-presidente, sem contabilizar parentes como filhos, esposas e maridos que foram de acompanhantes.
Além de Valdemar e de Michele Bolsonaro, entre os nomes que acompanharam o ex-presidente em Buenos Aires estão os governadores de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), e de Santa Catariana, Jorginho Mello (PL); além dos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Ciro Nogueira (PP-PI); dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Zé Trovão (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF), José Medeiros (PL-MT), Evair de Melo (PP-ES); e dos ex-ministros Gilson Machado (Turismo) e Osmar Terra (Cidadania).
Veja fotos:
Bolsonaro foi recebido com aplausos na Argentina ao chegar para a posse de Milei. Com bandeiras do Brasil e gritos de “Bolsonaro, Bolsonaro”, brasileiros e argentinos receberam o ex-mandatário na entrada do Congresso argentino, na manhã deste domingo, com pompa de chefe de Estado.
Em transmissão da Televisión Pública argentina, Bolsonaro aparece sorrindo, com seguranças ao redor, enquanto levanta as mãos com gestos de “vitória” e entra na Assembleia Legislativa do país vizinho, para início das formalidades de posse.
Entrevistado se confunde
Na transmissão ao vivo do evento, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi criticado por não ter ido à posse de Milei.
Uma repórter da Televisión Pública chegou a dizer ao vivo que brasileiros demonstraram profundo “descontentamento” com a ausência do chefe de Estado.
A futura ministra Diana Mondino, das Relações Exteriores, visitou pessoalmente o Brasil para entregar uma carta de Milei a Lula, na qual o argentino convidava o petista para a posse.
No entanto, Lula declinou e escalou para a solenidade o ministro das Relações Exteriores, o chanceler Mauro Vieira.