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Área queimada no Brasil até setembro foi 150% maior do que em 2023

O MapBiomas explica que, até o momento, setembro continua como o mês com o maior pico de queimadas em 2024

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As queimadas no Brasil neste ano atingiram níveis recordes. Dados do levantamento do Monitor do Fogo do Mapbiomas, lançado nesta sexta-feira (11/10), mostram que a área queimada no país entre janeiro e setembro foi 150% maior que no ano anterior. Foram 22,38 milhões de hectares queimados, uma área comparável ao estado de Roraima.

De acordo com o levantamento, aproximadamente três em cada quatro hectares queimados eram de vegetação nativa, principalmente formações florestais, que ocupavam 21% da área queimada.

No período de janeiro a setembro de 2024, Mato Grosso, Pará e Tocantins acumulam mais da metade da área queimada no Brasil (56%). Sozinho, o Mato Grosso responde por 25% do total: foram 5,5 milhões de hectares queimados. Pará e Tocantins ficaram em segundo e terceiro lugares, com 4,6 milhões e 2,6 milhões de hectares queimados, respectivamente.

A diretora de ciências do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar, esclarece que o período de seca na Amazônia, que normalmente ocorre de junho a outubro, tem sido particularmente severo em 2024.

“Um reflexo da intensificação das mudanças climáticas, que acabam tendo papel crucial para a propagação de incêndios. Isso se reflete nos números de setembro, onde metade da área queimada na região foi em formações florestais”, pontuou Ane Alencar.

O MapBiomas explica que, até o momento, setembro continua como o mês com o maior pico de queimadas em 2024. Em agosto foram queimados 5,65 milhões de hectares, em setembro foram 10,65 milhões, um salto de 90% de um mês para o outro. O número é ainda maior ao comparar com setembro de 2023, em que houve um aumento de 181%.

A área queimada apenas em setembro corresponde a 47,6% do total.

Biomas

Em setembro, mais da metade da área queimada foi na Amazônia. O bioma teve no mês um total de 5,5 milhões de hectares queimados, um salto de 196% em relação ao mesmo período do ano passado.

Com 4,3 milhões de hectares queimados, o Cerrado foi o segundo bioma mais afetado pelo fogo em setembro. É a maior área queimada em um mês de setembro nos últimos cinco anos, com 64% a mais do que a média histórica para o período.

No Pantanal, a área queimada entre janeiro e setembro de 2024 aumentou 2.306% em comparação à média dos cinco anos anteriores. Foram queimados 1,5 milhão de hectares nos primeiros nove meses do ano. Do total, 318 mil hectares foram queimados em setembro.

Entre janeiro e setembro, na Mata Atlântica, 896 mil hectares foram queimados. 25 % desse total pegou fogo em setembro, um aumento de 382% em relação à media anterior.

O Pampa e a Caatinga tiveram uma redução na área queimada. As chuvas fizeram com que o Pampa não tivesse grande perda da vegetação pelo fogo. Na Caatinga, 151 mil hectares foram queimados entre janeiro e setembro de 2024, uma queda de 18% em relação ao mesmo período de 2023.

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