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Arco Metropolitano: conheça a rota dos roubos de cargas no RJ

Rodovia federal e vias de cidades da região metropolitana concentram ações de quadrilhas especializadas em roubos de cargas no estado do RJ

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Arco Metropolitano: rota de roubos de cargas no RJ
1 de 1 Arco Metropolitano: rota de roubos de cargas no RJ - Foto: Divulgação/ DNIT

Rio de Janeiro – O Arco Metropolitano, via expressa que faz a conexão entre várias rodovias nas cidades do entorno do Rio, é um dos pontos preferenciais na ação de quadrilhas especializadas em roubos de cargas no estado fluminense.

De acordo com números da Polícia Rodoviária Federal, houve 68 roubos a cargas na rodovia ao longo de 2021 – um aumento de 126% em relação às 30 ocorrências registradas no ano anterior.

A complexidade da abordagem sinaliza a presença de quadrilhas especializadas nesse tipo de ação. No caso de caminhões e carretas, com cargas valorizadas pelos criminosos (como eletrodomésticos, cigarros e remédios), o transporte costuma ser acompanhado por uma escolta armada.

“Os roubos não prejudicam apenas o transportador, mas afetam toda a indústria. Afasta investidores do Rio de Janeiro e acentua o desemprego”, diz Eduardo Rebuzzi, presidente da Fetranscarga – Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro.

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Arco Metropolitano cruza cidades da região metropolitana do RJ
Arco Metropolitano: polícia cita colaboração de traficantes em roubos de cargas
Arco Metropolitano: rota de roubos de cargas no RJ
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Arco Metropolitano do RJ: rodovia federal é alvo de quadrilhas

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Arco Metropolitano: polícia cita colaboração de traficantes em roubos de cargas

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Arco Metropolitano: rota de roubos de cargas no RJ

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Titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, o delegado Vinícius Domingos avalia que o ponto mais crítico está concentrado em Duque de Caxias, um dos municípios na rota do Arco Metropolitano.

“Já tivemos muitas ocorrências em São Gonçalo, mas essa localidade não é um problema hoje. Caxias apresenta mais roubos no momento”, afirma Domingos ao Metrópoles.

Segundo o delegado, as mercadorias roubadas em Caxias são levadas para comunidades do município, como Jardim Gramacho e Jardim Balneário Ana Clara.

Padrão do crime

O titular de DRFC identifica um padrão na prática do crime. Diz que a maior parte das abordagens ocorre pela manhã, quando os caminhões ainda estão carregados.

Ele afirma ainda que, em boa parte dos casos, existe participação dos próprios funcionários das empresas na ação, com o repasse de informações sobre trajeto, horário e valor da nota fiscal dos produtos.

“Se não houvesse informações dos funcionários, a ação deles seria menos eficaz. Além do valor da nota fiscal da mercadoria, do trajeto e do horário, eles utilizam um aparelho chamado “diâmetro”, que funciona como um bloqueador de sinal para burlar o sistema de segurança dos caminhões. Dessa forma, conseguem levar o caminhão para dentro de uma comunidade e fazer o transbordo da carga”, explica o delegado.

Prejuízo de R$ 389 milhões

Os produtos mais visados pelos criminosos são: alimentos e bebidas, eletroeletrônicos, cigarros, farmacêuticos, químicos, têxteis e confecções, autopeças, combustíveis, produtos agrícolas, além de higiene pessoal e limpeza.

De acordo com um relatório da Firjan, o prejuízo com o roubo de cargas no estado do Rio alcançou a marca de R$ 389 milhões em 2021 – cálculo que vai além do valor médio dos produtos e abrange também o gasto com contratação de segurança privada e seguros contra roubos e furtos.

Redução de casos

De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP), 2021 apresentou uma redução de 9% no total de roubos de carga no estado: de 4.985 ocorrências para 4.520.

O titular da DRFC conta que, para reduzir os roubos a cargas, a Polícia Civil mira nos principais chefes de tráfico nas regiões com mais ocorrências.

“Sabemos que há uma cooperação entre o tráfico de drogas e o roubo de cargas. E, na medida em que eles precisam desse domínio territorial do tráfico para fazer o transbordo da carga, buscamos responsabilizar o chefe do tráfico daquela localidade pelo roubo. Por isso, muitos deles preferem recuar para evitar mandados de prisão, que podem variar entre 20 e 30 anos”, diz Vinícius Domingos.

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