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Arcebispo de Aparecida pede a Jesus “forcinha” na vacina para crianças

Dom Orlando Brandes fez pedido durante a Missa do Galo no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, neste sábado (25/12)

atualizado

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Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, na Missa do Galo de 2021
1 de 1 Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, na Missa do Galo de 2021 - Foto: TV Aparecida/Reprodução

Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida (SP), pediu uma “forcinha” do menino Jesus para que a vacinação de crianças contra a Covid-19 comece logo. O religioso fez o pedido durante a Missa do Galo, neste sábado (25/12), no Santuário Nacional de Aparecida.

“Menino Jesus, faça uma ‘forcinha’ para que a vacina das crianças do Brasil chegue o quanto antes. Um grande presente de Natal: a saúde de nossos filhos, crianças e netos”, declarou o arcebispo.

Dom Orlando também relembrou, em paralelo ao menino Jesus, as situações difíceis vivenciadas por crianças durante a pandemia. Ele rezou pelo fim do abuso infantil e do trabalho escravo, além de rogar para que as crianças não vivam sem “afeto, colo e presença dos pais”.

“Nesta noite, olhando nos olhos do menino Jesus, nós dizemos: console tantas crianças que perderam os avós, o pai e a mãe nesta pandemia. Menino Jesus, consola esses órfãos, que são 14 mil no Brasil. Menino Jesus, quantas crianças vítimas da bala perdida; traga-nos a paz, menino Jesus. Menino Jesus, em muitos países do mundo, tem a criança soldado, a criança com fuzil para matar”, ressaltou.

Vacinação de crianças

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso do imunizante contra Covid-19 da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. O Ministério da Saúde, porém, protela o começo da vacinação da faixa etária.

No momento, a pasta realiza uma consulta pública sobre o tema. O ministro Marcelo Queiroga afirmou que será necessária prescrição médica. Os estados, porém, reagiram e disseram que não exigirão a receita.

Apesar das bravatas, a vacinação do público vai começar em 10 de janeiro, conforme antecipado pelo Metrópoles. A Pfizer confirmou a informação de que trabalha em parceria com a pasta para fornecer os imunizantes para crianças a partir de janeiro de 2021.

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos

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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco

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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil

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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina

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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória

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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar

Divulgação/ Saúde Goiânia
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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável

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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças

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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros

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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Pátria amada não pode ser pátria armada

Não é a primeira vez que o arcebispo faz críticas ao momento atual do Brasil. Durante sermão na missa do Dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, o religioso disse que o povo precisa abraçar as crianças, os pobres, os índios e as autoridades “para construir um Brasil pátria amada”.

Sem citar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele disse que “para ser pátria amada, não pode ser pátria armada”.

“Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma República sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos irmãos construindo a grande família brasileira”, afirmou dom Orlando Brandes.

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