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Arautos do Evangelho fazem cantata de Natal para Bolsonaro no Planalto

Reportagem do Metrópoles denunciou, em 2019, série de abusos físicos e psicológicos cometidos contra crianças em colégios do grupo católico

atualizado

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1 de 1 arautos_1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Palácio do Planalto promoveu, na tarde desta quinta-feira (9/12), uma cantata de Natal. A cerimônia contou com a apresentação do coral do grupo católico Arautos do Evangelho.

O evento, fechado à imprensa, contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL), da primeira-dama Michelle Bolsonaro, ministros e aliados do governo.

Veja:

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Cerimônia de cantata de Natal teve início com a apresentação dos jovens da ordem católica, Arautos do Evangelho
O evento contou com a participação da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), à esquerda
A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria Geral) também marcaram presença
Cerimônia de cantata de Natal teve início com a apresentação dos jovens da ordem católica Arautos do Evangelho
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Cerimônia de cantata de Natal teve início com a apresentação dos jovens da ordem católica Arautos do Evangelho

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Cerimônia de cantata de Natal teve início com a apresentação dos jovens da ordem católica, Arautos do Evangelho

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O evento contou com a participação da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), à esquerda

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A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria Geral) também marcaram presença

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Cerimônia de cantata de Natal teve início com a apresentação dos jovens da ordem católica Arautos do Evangelho

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Uma reportagem especial publicada pelo Metrópoles em 2019 denunciou uma série de abusos físicos e psicológicos cometidos contra crianças e jovens nos colégios. O Ministério Público também investiga o caso.

A comunidade dos Arautos do Evangelho tem pouco mais de 3.000 pessoas no Brasil. O grupo nasceu com base em dogmas católicos e está submetido a uma rotina de princípios ultraconservadores.

Os Arautos do Evangelho constituem desde 2001 uma associação privada de padres de direito pontifício, ou seja, religiosos que ostentam um estatuto aprovado pelo Vaticano, reconhecidos, portanto, pela Igreja Católica. Em 2017, o grupo entrou na mira da Santa Sé, e, desde 2018, o Ministério Público investiga as atividades dessa organização.

A reportagem

Ao longo de duas semanas, o Metrópoles esteve em quatro capitais que mantêm sedes dos Arautos. Rafaela Felicciano, Igo Estrela, Andre Borges, Josemar Gonçalves e Tauã Medeiros registraram imagens das visitas aos castelos e as entrevistas de ex-integrantes e familiares ligados aos devotos. A reportagem também teve acesso a uma representação protocolada junto ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) que corre em segredo de justiça. Os relatos são chocantes.

Os depoimentos apontam que crianças a partir dos 7 anos podem estar sendo vítimas de alienação parental, lavagem cerebral, assédio sexual, estupro, violência física e psicológica, bullying, violação e controle de correspondência.

Os efeitos desse caldo de supostos crimes foram relatados em dezenas de testemunhos, aos quais a reportagem teve acesso. Em geral, os jovens que deixaram de conviver com os arautos se queixam de trauma emocional e grande dificuldade de ressocialização, inclusive no ambiente escolar, já que há diferenças sensíveis entre a formação pedagógica curricular padrão e a oferecida dentro dos internatos.

O grupo Arautos do Evangelho foi colocado sob tutela do Vaticano, e o papa Francisco autorizou a nomeação de um interventor. A decisão foi tomada um mês depois de o Metrópoles publicar reportagem especial. Além disso, o trabalho levou seis novas pessoas a fazer denúncias no Ministério Público de São Paulo contra integrantes da comunidade. Das recentes acusações instauradas pela comarca do município de Caieiras, quatro são referentes a supostos abusos sexuais que teriam sido praticados pelo monsenhor João Clá.

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