Aras promete “responsabilização dos culpados” por atos terroristas
O procurador-geral da República, Augusto Aras, participou de reunião com governadores e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
atualizado
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Após atos golpistas que depredaram o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse em reunião com governadores e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta segunda-feira (9/1), que buscará, até o último dia do mandato, responsabilizar os culpados dos crimes que foram protagonizados nesse domingo (8/1).
“Quero agradecer pelo convite para esse ato de solidariedade entre os Três Poderes. [Prometo] Meu empenho continuado até o último dia do biênio para punir os responsáveis e, acima de tudo, evitar que os fatos de ontem se estendam para além do Distrito Federal”, disse o procurador-geral.
“Esse é um ato concreto e precisa ser cuidado para que o evento de ontem possibilite que esse Ministério Público Federal venha buscar responsabilização dos culpados, não só na reparação dos danos, mas também nas penas para atos tão torpes que foram atacar a democracia naquilo que lhe é mais caro: o consenso social e a busca pelo consenso social e sua legitimidade”, completou.
Segundo Aras, o país nunca havia visto uma situação de “descontrole” como a que ocorreu no país nesse domingo. “Durante 2021 e 2022, não tivemos nenhum ato capaz de atentar contra a democracia como teve ontem. Nenhum momento havia saído do nosso controle”, disse.
“Ontem, vindo ocorrer o fato, temos que não só declarar solidariedade e demonstrar nosso amor à democracia. Único regime político que temos. Único que está na Constituição Federal. Nossa luta perdura”, enfatizou.
Atos golpistas
Nos atos antidemocráticos desse domingo, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, na Praça dos Três Poderes.
Em resposta aos atos golpistas, Lula decretou intervenção federal para assumir o controle da segurança pública do Distrito Federal.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse, nesta segunda, que 1,5 mil pessoas foram detidas ou presas até esta tarde. Segundo o ministro, 209 prisões ocorreram em flagrante. Outros 1,2 mil bolsonaristas estão sendo ouvidos.