Aras lamenta morte de coordenador da Lava Jato no Paraná: “Fará falta”
O procurador Alessandro Oliveira substituía o ex-coordenador da força-tarefa em Curitiba (PR) Deltan Dallagnol
atualizado
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, lamentou a morte, nesta quinta-feira (20/5), do procurador da República Alessandro José Fernandes de Oliveira. “O colega Alessandro fará falta neste momento em que estamos institucionalizando as forças-tarefas. Sua competência, dedicação, ponderação e lealdade ao MPF são exemplos a serem seguidos”, destacou.
Oliveira tinha 45 anos e morreu nesta tarde, no Paraná, onde era titular do 15º Ofício, ao qual estão vinculados os processos da Operação Lava Jato, atualmente vinculados ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele substituía o ex-coordenador da força-tarefa Deltan Dallagnol.
Na mensagem, Augusto Aras se solidarizou com a família do procurador: “Que o Divino Espírito Santo conforte a família, os amigos e colegas enlutados. Obrigado, Alessandro”.
Perfil de Oliveira
Membro do Ministério Público Federal desde 2004, há nove anos Alessandro Oliveira era lotado na Procuradoria da República no Paraná. Entre 2018 e 2020 atuou na assessoria criminal na Procuradoria-Geral da República, tendo sido o responsável pelo desenvolvimento do Sistema de Monitoramento de Colaborações Premiadas (Simco). No ano passado, ele deixou o trabalho na PGR após permuta interna que o levou à coordenação do trabalho da força-tarefa.
No MPF, o procurador foi conselheiro do Conselho Penitenciário do Estado do Paraná (2011/2013), coordenador da Rede de Controle da Gestão Pública no Estado do Paraná (2012/2016) e procurador regional Eleitoral no Estado do Paraná (2013/2017). Integrou, ainda, os Grupos de Trabalho Medidas Cautelares Reais, das câmaras Criminal (2CCR) e de Combate à Corrupção (5CCR).
Alessandro de Oliveira era graduado em segurança pública pela Academia Policial Militar do Estado do Paraná (1993) e em direito pela Universidade Federal do Paraná (2002). Mestre em direito das relações sociais pela UFPR, era professor em disciplinas com ênfase no direito criminal e processual penal desde 1996 e docente nas disciplinas de persecução patrimonial e administração de bens na Escola Superior do Ministério Público da União.