Aras: inexiste infração penal sobre cheques de Queiroz a Michelle
“Inexiste notícia, porém, de que tenham surgido, durante a investigação que precedeu a ação penal em curso”, manifestou o PGR
atualizado
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que não enxergou “indícios do cometimento de infrações penais pelo presidente” em caso envolvendo cheques assinados por Fabrício Queiroz no valor de R$ 89 mil para a primeira-dama Michelle Bolsonaro, episódio revelado pela revista Crusoé.
Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), Aras rejeitou a notícia-crime e disse que não via sequer indícios “mínimos” de infração penal.
De acordo com Aras, “é notório que as supostas relações espúrias entre o senador Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, foram objeto de oferecimento de denúncia, na primeira instância, em desfavor de ambos e de outras pessoas supostamente envolvidas nos crimes correlatos”.
“Inexiste notícia, porém, de que tenham surgido, durante a investigação que precedeu a ação penal em curso, indícios do cometimento de infrações penais pelo Presidente da República. Os fatos noticiados, portanto, isoladamente considerados, são inidôneos, por ora, para ensejar a deflagração de investigação criminal, face à ausência de lastro probatório mínimo.”, afirmou o PGR.
Em agosto do ano passado, a revista conseguiu quebra de sigilo bancário de Queiroz e revelou que o ex-assessor de Jair Bolsonaro fazia pagamentos à primeira-dama, Michelle Bolsonaro, desde 2011 por meio de cheques. Bolsonaro chegou a admitir que recebeu esses cheques.
“Como falei desde o começo, aqueles cheques do Queiroz, ao longo de 10 anos, foram para mim, não foram para ela. R$ 89 mil por 10 anos, dá em torno de R$ 750 por mês. Isso é propina? Pelo amor de Deus!”, disse o presidente.