Aras chama bloqueios de “rescaldo indesejável, porém compreensível”
Ao afirmar que foi informado por Anderson Torres de que não há mais bloqueios em rodovias, o PGR ressaltou que há um “novo tempo a começar”
atualizado
Compartilhar notícia
O procurador-geral da República, Augusto Aras, se pronunciou sobre as manifestações que fecharam rodovias após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, em 30 de outubro. Durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (3/11), Aras comunicou que, às 13h, foi informado pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, que as vias estão, enfim, desobstruídas.
Aras atribuiu a informação da desocupação das rodovias a uma ação conjunta entre Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministério Público, PGR e outras instituições. O PGR considerou o desbloqueio como conclusão da eleição para que o país possa seguir em frente.
“É mérito de um trabalho conjunto, parabenizo a todas as instituições por terem concluído a eleição desse rescaldo indesejável, porém, compreensível. Temos um novo tempo a começar, com um novo governo”, disse Aras em plenário.
No entanto, novo balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta que sete estados ainda registram ocorrências de interdições e bloqueios.
O PGR pediu a palavra logo após a presidente do STF, ministra Rosa Weber, se manifestar sobre a importância do trabalho da Justiça Eleitoral para garantir o voto do cidadão brasileiro.
Pressão
Aras fez o comentário após ser pressionado para agir com relação ao fechamento das rodovias. Na última terça-feira (1º/11), um grupo de pelo menos 186 procuradores da República encaminhou ao PGR ofício cobrando investigação de suposta omissão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras autoridades frente à “escalada” para “suplantar a legitimidade do voto popular pela força e pela desordem”.
Caminhoneiros aliados ao mandatário derrotado nas urnas no último domingo (30/10) bloquearam rodovias em todo o país.