Aposentado é sequestrado na Baixada; polícia suspeita de tortura
Álvaro Luiz Luna, de 57 anos, foi levado por bandidos da sua, em Belford Roxo (RJ). Carro foi encontrado ao lado de um corpo esquartejado
atualizado
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Rio de Janeiro – A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga o sequestro de um aposentado em Belford Roxo, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. A suspeita é que Álvaro Luiz Luna, de 57 anos, foi torturado e morto por criminosos no último domingo (26/12), após ter sido levado da sua casa, no bairro Shangri-la.
De acordo com informações do jornal O Dia, o aposentado foi acusado pelos traficantes de ser delator. O carro da vítima foi encontrado ao lado de um corpo esquartejado em um matagal.
A família de Álvaro Luiz está no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu para tentar reconhecer o corpo não identificado.
“Meu pai trabalhou a vida inteira dirigindo ônibus para nos sustentar. Ele ainda ajudou a concretar e a levar água para o morro. Só peço que me ajudem. Meu pai era um homem bom, ajudava todo mundo”, disse um dos filhos do aposentado.
O carro da vítima foi localizado sem pneus, com marcas de tiros e com parte das janelas quebradas. Ao Metrópoles, a Polícia Civil do Rio afirmou que familiares de Álvaro Luiz Luna foram ouvidos e os agentes coletam informações para esclarecer todos os fatos.
Segundo a polícia, ainda não há confirmação da identificação do corpo encontrado esquartejado ao lado do veículo. As investigações continuam.
Denúncia
Conforme o jornal O Dia, Álvaro Luiz foi torturado e acusado pelos criminosos de ser o “X-9 do morro”. Cinco bandidos estariam envolvidos no sequestro, mas apenas dois entraram na casa do aposentado para levá-lo.
A mulher da vítima também estava na residência, mas foi trancada no banheiro, mesmo depois dela entregar dinheiro para a dupla de criminosos. Ainda segundo testemunhas, todos os bandidos são conhecidos na região. Eles atuam entre Vila Claudia e Mutirão Bafo do Porco.
Dois corpos foram encontrados carbonizados em Belford Roxo. O primeiro deles, a família foi fazer o reconhecimento, mas constatou que não se tratava do aposentado. O segundo corpo ainda segue sendo analisado.