Após veto de Bolsonaro, Queiroga e Damares avaliarão caso dos absorventes
O presidente culpou o PT pela polêmica em torno do projeto para distribuição de absorventes: “É para desgastar”
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, nesta quinta-feira (7/10), que a questão da pobreza menstrual no Brasil é “crônica” e mesmo com o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à distribuição gratuita de absorvente feminino e de outros cuidados básicos de saúde menstrual, o ministro afirmou que tratará da questão.
De acordo com Queiroga, o assunto será tratado em conjunto com a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. “Na realidade, o que nós queremos são políticas públicas que não necessariamente sejam em função do Sistema Único de Saúde. Eu e a ministra Damares Alves vamos buscar alternativas de políticas públicas que não necessariamente venham por meio de legislação”.
“Nós entendemos que o Congresso Nacional fez isso com a melhor das intenções, né? A ministra [Damares] hoje já enviou um uma mensagem para mim. Nós vamos conversar para atender às pessoas em relação a isso”, completou.
Queiroga disse, ao ser questionado pelo Metrópoles: “É uma pauta que está em voga, queremos encontrar a melhor forma de contemplar dentro da questão orçamentária”.
O veto do presidente foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta. O Senado havia aprovado a criação do programa voltado à promoção de saúde menstrual em 15 de setembro.
E o PT?
Bolsonaro explicou que tema contraria o interesse público, “uma vez que não há compatibilidade com a autonomia das redes e estabelecimentos de ensino. Ademais, não indica a fonte de custeio ou medida compensatória”.
Mais tarde, em conversa com apoiadores, Bolsonaro afirmou: “É irresponsabilidade apresentar um projeto sem apontar a fonte de custeio. Isso é feito proposital, para desgastar. Por que o PT não fez isso quando estava no poder?”.