Após vencer a leucemia, jovem de 18 anos cria abrigo para animais
Eduardo Caiado compartilha nas redes sociais o dia a dia dos resgates e cuidados em seu instituto, o Edupaçoca
atualizado
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Eduardo Caiado, de 18 anos, lutou contra a leucemia desde seus 2 anos. Foram aniversários e mais aniversários nos hospitais até que, em 2020, recebeu alta médica. Sua luta, então, se virou para outro objetivo: ajudar animais abandonados e vítimas de maus-tratos em sua cidade no interior de Goiás, Anápolis.
“Eu estudava, estava em tratamento, mas já estava meio cansado de só ficar fazendo a mesma coisa. Eu queria mais, porque eu queria ser mais útil de alguma forma. E eu também tinha uma noia de que a qualquer momento poderia morrer sem produzir nada”, conta o jovem sobre o início de sua jornada com o resgate de animais, ainda em 2020.
Eduardo, então, se voltou para as redes sociais para arrecadar o valor necessário para bancar o aluguel de sua casa, onde iniciou o abrigo. Na época, ele tinha espaço em um pequeno quarto para poucos animais, local que chamava de creche, e já usava as redes sociais para buscar uma nova família para os cães e gatos.
O início foi difícil. Já no fim do tratamento, o jovem sofria para conseguir dinheiro para ração e veterinário. Pelo Instagram, Eduardo passou a compartilhar o dia a dia dos animais e pedir doações. “Eu queria criar algo mais leve, sem aquele ar de abrigo. Queria mostrar a rotina deles.”
A estrutura, no entanto, ainda era precária, e o jovem sonhava com algo maior. Ele conta que olhava fotos de como é um grande abrigo e, neste momento, decidiu que trabalharia para criar seu próprio instituto, o Instituto Edupaçoca, em homenagem a um de seus cães resgatados.
“O começo do instituto foi uma grande estratégia de mostrar os bastidores do rolê de cuidar de animais de um jeito acessível. De pertinho. As dores e alegrias. Tenho muito orgulho desse projeto e de como foi legal”, relata.
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Houve muitas dificuldades desde então, como a inconstância no número de doações e o aumento no número de animais resgatados. Vaquinhas pela internet e parcerias com lojas foram a grande salvação nessa época. Uma das arrecadações, que ainda está on-line, bateu os R$ 141 mil.
“Enquanto o instituto ia crescendo mais e mais, várias pessoas vinham me perguntar qual era a fórmula para fazer isso. Hoje, eu acho que existe uma fórmula, sim, tipo o Charlie, de A Fantástica Fábrica de Chocolates: eu acreditava.”
Hoje, Eduardo trabalha nas redes para levantar a Fazendinha, construção que custará R$ 200 mil. “Vou terminar essa história dizendo que isso aqui é uma conquista. Terá uma megaestrutura, operação. Estou cursando veterinária, nunca aprendi tanto na vida”, finaliza.