metropoles.com

Após um ano de vacinação, sete estados têm menos de 60% com duas doses

Alagoas, Amazonas, Tocantins, Maranhão, Acre, Roraima e Amapá ainda não atingiram a marca. Fatores como logística e negacionismo influenciam

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Fotografia colorida de enfermeiras vacinando no drive thru
1 de 1 Fotografia colorida de enfermeiras vacinando no drive thru - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Mesmo depois de pouco mais de um ano do início da vacinação contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, sete estados têm menos de 60% do total da população completamente imunizada, ou seja, com duas doses ou a dose única da Janssen.

Alagoas, Amazonas, Tocantins, Maranhão, Acre, Roraima e Amapá ainda não atingiram a marca, que de acordo com especialistas é essencial para conter o avanço da variante Ômicron (veja índices logo abaixo).

15 imagens
Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
1 de 15

Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
2 de 15

Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

Getty Images
3 de 15

Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

Peter Dazeley/ Getty Images
4 de 15

Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

Uwe Krejci/ Getty Images
5 de 15

Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

Pixabay
6 de 15

O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

Getty Images
7 de 15

A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

Getty Images
8 de 15

A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
9 de 15

De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
10 de 15

Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

Getty Images
11 de 15

De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

Getty Images
12 de 15

Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

Morsa Images/ Getty Images
13 de 15

No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

Morsa Images/ Getty Images
14 de 15

Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
15 de 15

A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

JuFagundes/ Getty Images

Pelo país, a vacinação completa varia de 39,4% a 79,6% da população. O índice mais baixo é no Amapá. O mais alto é em São Paulo.

Ao todo, 18 estados estão abaixo da média nacional, que é de 69,5% de imunizados completamente. A campanha de vacinação completou um ano em 17 de janeiro.

Os dados, nos quais constam informações disponibilizadas até segunda-feira (24/1), foram analisados pelo Metrópoles com base em material publicado pelo LocalizaSUS, plataforma de prestação de contas do Ministério da Saúde referente à pandemia.

O governo federal distribuiu mais de 407,4 milhões de doses de vacinas. Ao todo, 348,2 milhões de unidades foram aplicadas nos braços dos brasileiros.

Veja índice de vacinação nos estados com pior imunização completa:

  • Amapá – 39,4%
  • Roraima– 42,8%
  • Acre – 47,7%
  • Maranhão – 52,4%
  • Tocantins – 54,5%
  • Amazonas – 55,4%
  • Alagoas – 58,9%

Atualmente, o país tenta agilizar a campanha de vacinação infantil como mais uma forma de ajudar no controle do avanço da variante Ômicron.

A comunidade médico-científica é categórica: a imunização é uma das principais medidas para controlar a pandemia.

Fatores

O infectologista Dalcy Albuquerque, médico da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), explica que fatores como áreas remotas e fake news contra a vacinação influenciam nesse panorama, mas ressalta que já houve tempo necessários para que esses desafios fossem enfrentados – e superados.

“Esses estados que aparecem com a vacinação abaixo da média nacional, não por coincidência, estão em áreas mais remotas e com redes de comunicação e transporte mais limitadas. Considerando a duração da campanha, já tivemos tempo de ter superado essas dificuldades”, avalia, do ponto de vista de logística.

Contudo, esse não é o único possível entrave. “O preconceito contra a vacina [interfere]. Determinados discursos negacionistas podem ter tido um eco maior, e as pessoas se recusam a tomar a vacina. Essa é uma cesta de fatores que as secretarias terão que enfrentar”, pondera.

Veja estados com índice de vacinação completa acima de 60%:

  • São Paulo – 79,6%
  • Piauí – 75,9%
  • Minas Gerais – 73,5%
  • Mato Grosso do Sul – 73%
  • Rio Grande do Sul – 72,2%
  • Santa Catarina – 72,1%
  • Ceará – 71,8%
  • Distrito Federal – 71,8
  • Espírito Santo – 69,7%
  • Sergipe – 68,1%
  • Paraná – 68%
  • Rio Grande do Norte – 68%
  • Pernambuco – 67,1%
  • Rio de Janeiro – 66,6%
  • Paraíba – 64,4%
  • Bahia – 63,9%
  • Goiás – 62,9%
  • Pará – 62,3%
  • Mato Grosso – 61,4%
  • Rondônia – 60%

Versão oficial

Na segunda-feira (24/1), o Ministério da Saúde informou que o Brasil atingiu a marca de 150 milhões de pessoas completamente imunizadas.

Segundo a pasta, essa quantidade de vacinados significa 84,4% da população acima de 12 anos.

“A marca é mais uma etapa importante da maior campanha de vacinação já feita no país”, comemorou a pasta.

Desde o início da pandemia, o Brasil registrou 24,1 milhões de casos de Covid-19, e 623 mil pessoas morreram em decorrência de complicações da enfermidade.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?