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Após tumulto em bares e cachoeiras, cidade na Chapada prepara lei seca

Secretário de Alto Paraíso de Goiás, no nordeste do estado, diz que município também vai adotar toque de recolher das 23h às 6h

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na foto, a chapada dos Veadeiros (GO) - Metrópoles
1 de 1 Na foto, a chapada dos Veadeiros (GO) - Metrópoles - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Goiânia – Depois de flexibilizar regras de enfrentamento à Covid-19, o município de Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros, um dos maiores atrativos turísticos no nordeste do estado, virou palco de violação ao distanciamento social, com aglomeração de até 70 pessoas em bares, em espaços de 30 metros quadrados. As infrações seguiram para as áreas de cachoeiras.

As infrações acionaram um alerta na prefeitura, que planeja publicar novo decreto ainda nesta terça-feira (18/5), para evitar o aumento de casos da doença na cidade. O município atrai muitos turistas do Entorno do Distrito Federal e de Brasília, principalmente.

Toque de recolher e lei seca, ambos das 23h às 6h, estão entre as medidas mais severas que passarão a vigorar no município, conforme antecipou ao Metrópoles o vice-prefeito e secretário municipal de Saúde de Alto Paraíso de Goiás, Fernando Couto.

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Entrada de Alto Paraíso de Goiás
Ele é um dos cinturões de cerrado nativo, no Brasil, e atrai turistas do mundo todo
Em 2001, o parque da Chapada dos Veadeiros foi declarado Patrimônio Natural Mundial pela Unesco
Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros
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Vista dos Saltos do Rio Preto, dentro do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros

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Entrada de Alto Paraíso de Goiás

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Ele é um dos cinturões de cerrado nativo, no Brasil, e atrai turistas do mundo todo

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Em 2001, o parque da Chapada dos Veadeiros foi declarado Patrimônio Natural Mundial pela Unesco

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Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros

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Aglomeração

Os flagrantes de violação às normas municipais fizeram a Vigilância Sanitária interditar quatro estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes e distribuidoras, no último final de semana. O município classifica como aglomeração a reunião de seis ou mais pessoas, sem respeitar as regras de distanciamento social.

“Teve bar com 60 ou 70 pessoas em espaço de 30 metros”, diz. Pelas regras do município, os estabelecimentos comerciais têm de operar com metade de sua capacidade, e os clientes devem estar todos sentados à mesa com espaçamento de 1,5 metro de uma para outra.

De acordo com o secretário, os bares interditados são de pequeno porte, e as pessoas estavam aglomeradas, em sua maioria, perto do balcão. “Não existe respeito”, reclama. Segundo ele, as equipes de fiscalização têm agido com auxílio de denúncias da população.

“O problema é que, se não respeita o decreto, independentemente do seu tamanho, o estabelecimento prejudica todo um conceito [de retomada] dentro da cidade. Isso independe de ser grande ou pequeno”, afirma Couto.

Cachoeiras

Muito conhecidas, as cachoeiras também têm atraído muitas pessoas para a cidade de Alto Paraíso de Goiás e provocado aglomeração, na contramão das medidas de enfrentamento à pandemia da Covid-19.

“A gente vai ter fiscalização mais focada nos atrativos a partir deste final de semana”, antecipou Couto, ressaltando que as equipes da prefeitura poderão multar quem descumprir as regras do novo decreto.

Pelas novas regras, segundo o secretário, a fiscalização vai parar pessoas e veículos que circularem na cidade das 23h às 6h. Serão liberados, sem multa, apenas trabalhadores que estiverem no trajeto do trabalho para casa ou em busca de algum serviço essencial, como de saúde.

De acordo com o vice-prefeito, em caso de aglomeração de pessoas com carro de som, o veículo será apreendido e levado para a delegacia. Além disso, conforme acrescenta, a pessoa que circular sem máscara ou descumprir o toque de recolher, sem justificativa, receberá multa de R$ 500 e ainda será levada para a delegacia.

Festa clandestina

A multa para os casos em que carro de som provocar aglomeração em festa clandestina é de R$ 3 mil, segundo o secretário. A regra para o funcionamento dos estabelecimentos seguirá a mesma, com permissão para metade de sua capacidade.

Bebida alcoólica deverá ser comercializada até as 22h, com o prazo máximo para fechamento total do estabelecimento por mais uma hora.

Além disso, de acordo com o secretário, todos os estabelecimentos que descumprirem o decreto municipal serão imediatamente interditados, assim como ocorreram com os quatro no último final de semana.

O Metrópoles ligou para representantes da Associação Comercial e Industrial de Alto Paraíso de Goiás, para que a entidade se manifestasse, mas não obteve êxito.

Total de casos

Alto Paraíso de Goiás já confirmou 653 casos de Covid-19, com sete mortes.

Em Goiás, de acordo com painel eletrônico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), já foram confirmados 584.800 casos de Covid-19, com 16.246 mortes.

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