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Após trocas na composição, CPI do MST cancela sessão desta quinta

Sessão da CPI foi cancelada após trocas na composição do colegiado, com menos espaço para a oposição, e cancelamento da ida de ministro

atualizado

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deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) ao lado de Ricardo Salles CPI MST
1 de 1 deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) ao lado de Ricardo Salles CPI MST - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Deputados da oposição cancelaram a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nesta quarta-feira (9/8).

O movimento foi uma reação à determinação de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, que cancelou o depoimento de Rui Costa, ministro da Casa Civil, ao colegiado.

Parlamentares também justificaram o cancelamento devido às trocas na composição da CPI. Desde o início da semana, partidos como o Republicanos e União Brasil retiraram deputados do colegiado. Com as alterações, a oposição perdeu nomes que estavam provocando desgastes ao governo.

Prevista para começar às 14h desta quinta, a sessão teria votação de requerimentos, mesmo com o cancelamento da ida de Rui Costa. No entanto, o presidente do colegiado, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), cancelou a sessão.

“Para nossa surpresa, na data de hoje, vários parlamentares foram retirados de última hora desta pauta específica que tratava de 11 requerimentos. Vimos agora também alguns requerimentos extrapauta”, disse Zucco.

Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI, afirmou que a troca dos membros da CPI foi uma manobra do Centrão para conseguir espaço no governo federal. Ele disse que os governistas estão tentando “neutralizar a CPI”. Salles também pontuou que a possibilidade de prorrogação do colegiado por 60 dias, aventada pela presidência da CPI, não deve se concretizar.

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Deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI do MST
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Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST

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Deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI do MST

“Claramente os malucos regimentais visam neutralizar a CPI. O governo fica aterrorizado com o que a CPI está mostrando,  modus operandi do MST, a sua ligação com o governo. Essa é claramente uma manifestação do governo de dentro da CPI. É a velha frase: quem não deve, não teme. Se teme, é porque deve. Diante dessas manobras regimentais, e a regimentação dos partidos que estão negociando espaço no governo, claramente não é mais o caso de prorrogar a CPI. Não podemos querer prorrogar algo cujo as pernas foram amputadas”, afirmou.

Na quinta-feira (10/8), o colegiado deve ouvir o depoimento de Paulo Teixeira, ministro da Agricultura Familiar do governo Lula. O depoimento, no entanto, não deve ser negativo para o governo, já que a oposição tem perdido espaço no colegiado.

Veja a lista de trocas na composição:

  • Republicanos: fará duas trocas, mas ainda não realizou indicações.
  • União Brasil: saem Nicoletti (União-RR) e Alfredo Gaspar (União-AL); entram Carlos Henrique Gaguim (União-TO) e Damião Feliciano (União-PB);
  • PP: o partido pediu uma vaga que estava cedida ao PL. Sai Coronel Meira (PL-PE) e entra (PP-BA);
  • Patriota: sai Magda Mofatto e entra Marreca Filho (Patriota-MA).

 

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