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Caso Henry: após 3 anos e meio, Dr Jairinho e Monique não foram a júri

Menino Henry Borel foi morto em março de 2021. Apesar ordem para júri popular, recursos das defesas têm postergado processo judicial

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Henry Borel Medeiros
1 de 1 Henry Borel Medeiros - Foto: Reprodução/ redes sociais

Faz três anos e meio que o menino Henry Borel, que tinha 4 anos, morreu no Rio de Janeiro. São réus pelo crime a mãe do garoto, a professora Monique Medeiros, e o então namorado dela, Jairo Souza Santos Júnior, mais conhecido como doutor Jairinho.

Os dois estão presos preventivamente, acusados de envolvimento no crime. Jairinho perdeu o registro de médico, o mandato de vereador e o relacionamento. A juíza Elizabeth Machado Louro, do II Tribunal do Júri, ordenou que o ex-casal fosse levado a júri popular, mas isso ainda não ocorreu.

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Jairinho e Monique foram presos e respondem por tortura, homicídio triplamente qualificado, além de fraude processual, coação no curso do processo e falsidade ideológica. O caso aguarda para ser julgado pela Justiça
Leniel Borel - pai de Henry Borel
Ex-vereador e médico, Dr. Jairinho disse em depoimento que socorreu o enteado e que Henry teria chegado vivo ao hospital
Jairinho foi interrogado no dia 13 de junho, no TJRJ
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Em 8 de março de 2021, Henry Borel, de 4 anos, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, a mãe do menino, Monique, e o padrasto, Jairinho, disseram à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico e precisava de socorro

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Jairinho e Monique foram presos e respondem por tortura, homicídio triplamente qualificado, além de fraude processual, coação no curso do processo e falsidade ideológica. O caso aguarda para ser julgado pela Justiça

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Leniel Borel - pai de Henry Borel

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Ex-vereador e médico, Dr. Jairinho disse em depoimento que socorreu o enteado e que Henry teria chegado vivo ao hospital

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A professora é acusada de matar o filho de 4 anos com o ex-namorado, o ex-vereador Jairinho

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O motivo é que advogados dos réus recorreram ao Tribunal de Justiça do Rio e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), e estão postergando o processo. Um dos recursos ainda não foi julgado; por isso, o júri não pode ser marcado.

O crime

O laudo da necropsia do corpo do menino Henry Borel apontou que a morte foi causada por hemorragia interna e por laceração hepática por ação contundente. Ainda consta nos exames que havia 23 lesões no corpo da criança.

As acusações a Jairinho e a Monique são de homicídio, tortura e coação. Os réus afirmaram à época do crime, ocorrido em março de 2021, que a criança foi encontrada desacordada na residência onde os dois viviam, na Barra da Tijuca, no Rio.

Henry foi levado ao hospital. Lá, os profissionais de saúde declararam a morte por hemorragia interna e laceração hepática. Monique e Jairinho argumentaram que teria havido um acidente doméstico.

O processo destaca que não houve qualquer justificativa para as agressões que tiraram a vida da criança. “O crime foi cometido por motivo torpe, uma vez que Jairinho alegrava-se com a dor e o desespero da criança, enquanto Monique anuiu aos episódios de violência em prol de seu benefício financeiro, alcançado pela união com o ex-vereador, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e com o emprego de meio cruel, tendo a vítima sofrido intenso sofrimento físico”.

No processo, Jairinho e Monique chegaram a ser acusados de fraude processual. Mas, com o decorrer das investigações, não foram constatadas provas de que teria havido tal atitude por parte deles. A acusação surgiu pelo fato de uma funcionária ter limpado o apartamento onde eles viviam. No entanto, não ficou evidenciado de que houve ordem diferente da habitual para a limpeza do imóvel.

Jairinho e Monique seguem alegando inocência. Ambos estão presos preventivamente.

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