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Após tragédia em GO, escola se manifesta: “Luto das famílias é nosso”

Em nota publicada nas redes sociais dois dias após ataque, Colégio Goyases pede “profunda reflexão da sociedade”

atualizado

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1 de 1 atentado tiros escola goyases - Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Dois dias após um adolescente de 14 anos abrir fogo em sala de aula matando dois colegas e deixando outros quatro feridos, o Colégio Goyases, local do ataque, emitiu uma nota de pesar em seu perfil oficial no Instagram. No texto, publicado na noite deste domingo (22/10), a escola afirma que “o luto das famílias de João Pedro e João Vitor é nosso, assim como de toda a sociedade e de todo o país”. Os alunos, de 14 e 13 anos, respectivamente, foram sepultados na manhã deste sábado (21).

Aqui estamos para externarmos nosso pesar e nossa dor por essa tragédia. O luto das famílias de João Pedro e João Vitor é nosso, assim como de toda a sociedade e de todo país. Diante disso rogamos a Deus, que acolha as vítimas fatais e que proteja as demais vítimas. Deixemos de lado os julgamentos e vamos promover uma profunda reflexão na sociedade, nas escolas e nos lares e sobretudo uma reflexão individual perguntando o que podemos fazer para amenizar a dor desse momento e como deveremos agir para evitar futuros fatos assim tristes. Agradecemos a todas as mensagens de apoio e solidariedade recebidas e convocamos a comunidade para nos unirmos em oração pelos alunos que se encontram hospitalizados e também pelos pais que perderam tão prematuramente seus filhos. Estamos dando total respaldo às famílias e pedimos a Deus força para superar este momento tão nebuloso. No decorrer da semana vamos nos reunir para definir uma nova proposta de calendário para continuidade do ano letivo, embora saibamos que essa lacuna deixada pelos ausentes será irrecuperável. Família Goyases

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Na publicação, o colégio pede “profunda reflexão na sociedade, nas escolas, nos lares e, sobretudo, uma reflexão individual” para evitar futuros ataques. Segundo informações da Polícia Civil, o adolescente que disparou contra os demais estudantes teria planejado o crime após ser vítima de bullying praticado por colegas de sala.

Deixemos de lado os julgamentos e vamos promover uma profunda reflexão na sociedade, nas escolas e nos lares e, sobretudo, uma reflexão individual perguntando o que podemos fazer para amenizar a dor desse momento e como deveremos agir para evitar futuros fatos assim tristes.

Colégio Goyases

A escola informou ainda que se reunirá ao longo da próxima semana para definir uma nova proposta de calendário para a continuidade do ano letivo. “Embora saibamos que essa lacuna deixada pelos ausentes será irrecuperável”, completa o colégio.

A tragédia
A perícia da Polícia Civil de Goiás revelou, após seis horas de apuração, que o estudante usou uma pistola .40, de propriedade da mãe, que é da Polícia Militar, para cometer o crime. Segundo os agentes, o jovem estava na classe desde o início da manhã de sexta (20) e atirou contra os colegas por volta das 11h50, ao término de uma aula.

O adolescente foi apreendido 20 minutos depois do ataque e encaminhado para a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). De acordo com a PM, colegas de turma apontam que ele sofria bullying – os outros estudantes reclamavam que ele tinha mau cheiro. Um deles teria levado um desodorante para o colégio no dia da tragédia com o objetivo de provocar o agressor.

O socorro foi chamado por uma professora por volta das 12h. Morreram João Pedro Calembo, 14 anos, e João Vitor Gomes, 13. Os feridos são Isadora de Morais, Marcela Rocha Macêdo, Lara Fleury Borges e Hyago Marques, com idades entre 13 e 14 anos. Três deles, em estado grave, foram transportados de helicóptero para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e receberam atendimento.

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