Após tragédia em GO, escola se manifesta: “Luto das famílias é nosso”
Em nota publicada nas redes sociais dois dias após ataque, Colégio Goyases pede “profunda reflexão da sociedade”
atualizado
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Dois dias após um adolescente de 14 anos abrir fogo em sala de aula matando dois colegas e deixando outros quatro feridos, o Colégio Goyases, local do ataque, emitiu uma nota de pesar em seu perfil oficial no Instagram. No texto, publicado na noite deste domingo (22/10), a escola afirma que “o luto das famílias de João Pedro e João Vitor é nosso, assim como de toda a sociedade e de todo o país”. Os alunos, de 14 e 13 anos, respectivamente, foram sepultados na manhã deste sábado (21).
Na publicação, o colégio pede “profunda reflexão na sociedade, nas escolas, nos lares e, sobretudo, uma reflexão individual” para evitar futuros ataques. Segundo informações da Polícia Civil, o adolescente que disparou contra os demais estudantes teria planejado o crime após ser vítima de bullying praticado por colegas de sala.
A escola informou ainda que se reunirá ao longo da próxima semana para definir uma nova proposta de calendário para a continuidade do ano letivo. “Embora saibamos que essa lacuna deixada pelos ausentes será irrecuperável”, completa o colégio.Deixemos de lado os julgamentos e vamos promover uma profunda reflexão na sociedade, nas escolas e nos lares e, sobretudo, uma reflexão individual perguntando o que podemos fazer para amenizar a dor desse momento e como deveremos agir para evitar futuros fatos assim tristes.
Colégio Goyases
A tragédia
A perícia da Polícia Civil de Goiás revelou, após seis horas de apuração, que o estudante usou uma pistola .40, de propriedade da mãe, que é da Polícia Militar, para cometer o crime. Segundo os agentes, o jovem estava na classe desde o início da manhã de sexta (20) e atirou contra os colegas por volta das 11h50, ao término de uma aula.
O adolescente foi apreendido 20 minutos depois do ataque e encaminhado para a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). De acordo com a PM, colegas de turma apontam que ele sofria bullying – os outros estudantes reclamavam que ele tinha mau cheiro. Um deles teria levado um desodorante para o colégio no dia da tragédia com o objetivo de provocar o agressor.
O socorro foi chamado por uma professora por volta das 12h. Morreram João Pedro Calembo, 14 anos, e João Vitor Gomes, 13. Os feridos são Isadora de Morais, Marcela Rocha Macêdo, Lara Fleury Borges e Hyago Marques, com idades entre 13 e 14 anos. Três deles, em estado grave, foram transportados de helicóptero para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e receberam atendimento.