Após suspensão de perfis pelo CNJ, juiz do RJ pede exoneração do cargo
O juiz Erik Navarro Wolkart é suspeito de atuar como coach de advogados nas redes sociais e teve os perfis suspensos por determinação do CNJ
atualizado
Compartilhar notícia
Suspeito de atuar como “coach” de advogados nas redes sociais, o juiz federal Erik Navarro Wolkart pediu exoneração do cargo. Ele é juiz federal de primeira instância do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), no Rio de Janeiro.
O magistrado chegou a ter os perfis no Twitter, YouTuber, Facebook e LinkedIn suspensos pela Corregedoria Nacional de Justiça. De acordo com o órgão, seria apurado se ele feriu o Código de Ética da magistratura ao publicar dicas paras advogados acelerarem a tramitação de seus processos, entre outras postagens.
Exoneração
Em nota, Wolkart informou que protocolou um ofício solicitando a exoneração para se dedicar à docência. “Hoje, é esse o chamado que encanta meu coração. A docência para milhares de pessoas, através da tecnologia disponível, tornou-se a forma mais eficiente de realização da minha missão”, destacou.
Ele escreveu uma carta ao presidente do TRF2, na qual explica os motivos para tomar tal decisão. A petição do magistrado informando o pedido de exoneração foi anexada no processo da corregedoria no início da tarde de ontem.
O juiz, que não se diz coach ou mentor, tem mais de 77 mil seguidores e mais de 1,5 mil publicações no Instagram.
Melhora de performance
De acordo com o CNJ, Wolkart expunha meios para advogados melhorarem a “performance” de seus recursos. “Entre as diversas postagens na internet, o juiz anuncia a fórmula para diminuir tempo de tramitação dos processos, aumentar procedência dos pedidos, com honorários maiores e crescimento profissional”, diz o órgão.