Após sucessivos erros, Weintraub cria programa para alfabetização
A portaria com a criação do programa foi publicada nesta sexta-feira (21/02/2020), no Diário Oficial da União (DOU)
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, lançou um programa para melhorar a alfabetização no país. Chamado Tempo de Aprender, o programa vai fomentar a leitura na educação básica.
A portaria com a criação do programa foi publicada nesta sexta-feira (21/02/2020), no Diário Oficial da União (DOU). O reforço na alfabetização ocorre após o ministro ser alvo de críticas por sucessivos erros de português.
O programa será em quatro eixos e atingirá todas as escolas públicas do Brasil. O Ministério da Educação quer fortalecer a formação continuada de professores, por exemplo, com a oferta de bolsas de intercâmbio.
Além disso, o governo disponibilizará o sistema on-line com recursos pedagógicos e materiais para suporte à alfabetização. O MEC liberará recursos financeiros para o custeio das despesas. O montante será divulgado em resolução própria.
Dentro do programa, haverá o “aprimoramento” do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para educação infantil e 1º e 2º anos do ensino fundamental.
Os estudantes serão avaliados, por exemplo, na fluência em leitura. Os parâmetros seguirão o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
“São objetivos do Programa Tempo de Aprender elevar a qualidade do ensino e da aprendizagem no âmbito da alfabetização, da literacia e da numeracia, sobretudo nos anos iniciais do ensino fundamental, por meio de abordagens cientificamente fundamentadas”, escreveu Weintraub na portaria.
O programa atenderá, também, a meta 5 do Plano Nacional de Educação, que determina que todas as crianças, no máximo, até os 8 anos de idade durante os cinco primeiros anos do plano.
“O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), no âmbito das suas competências, atuará no sentido de contribuir com a implementação da formação de professores alfabetizadores e da educação infantil e gestores das redes estaduais, municipais e distrital de educação e da capacitação de todos os atores que necessitem utilizar seus sistemas”, conclui o texto.
Erros
Weintraub se tornou alvo de críticas ao cometer diversos erros de português. Ele, por exemplo, escreveu “suspenção” (suspensão) e “paralização” (paralisação).
No início de janeiro, o ministro cometeu outro erro em uma postagem. Ao comentar um tuíte do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o ministro escreveu “imprecionante” (impressionante).