Após ser estuprada pelo pai, menina pede socorro à irmã
A menina de 13 anos afirmou que acordou de madrugada com o homem em cima dela e com as roupas abaixadas
atualizado
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Após ser estuprada pelo pai de 47 anos, uma menina de 13 anos pediu socorro à irmã por WhatsApp. O crime, que está sendo investigado pela Polícia Civil, aconteceu em São Vicente, no litoral de São Paulo.
A irmã da vítima revelou ao G1 que os estupros aconteceram por diversas vezes e que o pedido de socorro veio em setembro. Ela conta que resolveu divulgar o caso agora pois o homem continua solto, oferecendo riscos à integridade dos familiares.
Nas conversas com a irmã, a menina fala que acordou de madrugada com o pai em cima dela e com as roupas abaixadas. Em um dos trechos, a menor revela como ela se sentia: “Não aguento mais, quero morrer. Ele diz que só quer fazer carinho em mim, mas só quer passar a mão no meu peito”.
Na delegacia, a garota disse que o pai dava um “remédio em líquido misturado com refrigerante e, depois, ele passou a dar comprimidos frequentemente”. A vítima relatou que inicialmente o suspeito passava a mão nas partes íntimas, mas depois ele tirava a roupa e cometia o ato sexual.
O socorro
Nas mensagens, a menina que afirmou que, se se fosse para viver daquele jeito, preferia nem viver. Ela pediu abrigo à irmã e se comprometeu a ajudar nas despeças da casa.”Se você quiser, te ajudo a pagar o aluguel, água, mas por favor me tira daqui”.
A irmã afirmou que assim que recebeu a mensagem saiu de sua cidade, São José do Rio Preto, e foi buscar a menina, que morava com o pai e seus irmãos em São Vicente.
“No mesmo dia que recebi as mensagens eu fui. Quando cheguei, ela arrumou as malas e eu trouxe ela e mais dois irmãos meus, de 14 e 10 anos, para cá. Assim que cheguei na minha cidade, procurei a delegacia”, disse a irmã.
Investigação
O pai da vítima está desaparecido. O caso foi registrado a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou em nota que o homem é investigado por estupro de vulnerável e que as investigações seguem para esclarecer o caso.
Os policiais pediram exame de corpo de delito e encaminharam a vítima. A adolescente que em uma das pesagens afirmou que não queria voltar a se cortar e nem ficar com depressão, está sendo atendida psicológico no Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
A irmã revela que está em busca de justiça. “Só quero que a justiça seja feita. Que ele pague pelo que fez. A polícia não pode procurá-lo como culpado porque não tem provas materiais, só se ela estivesse morta ou grávida ou se tivesse feito o exame logo após o estupro”, afirmou.