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Após ser chamado de “traidor do agro”, ministro de Lula fala à CPI do MST

MInistro da Agricultura, Carlos Fávaro participa de audiência na CPI do MST após ser taxado de “traidor” e “fujão”

atualizado

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Edilson Rodrigues/Agência Senado
Carlos Fávaro
1 de 1 Carlos Fávaro - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ouve, nesta quinta-feira (17/8), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Fávaro participa da audiência pública após um dia marcado por incertezas sobre seu comparecimento ao colegiado. Na terça-feira (16/8), o ministro chegou a informar à CPI que não participaria da sessão.

A negativa foi criticada por Ricardo Salles (PL-SP), presidente da comissão. Ele afirmou que Fávaro “fugiu” da audiência e chamou o ministro de “traidor do agro”.

“Ministro Fávaro, da Agricultura, marcou data para atender o convite da CPI do MST para essa quinta-feira, aliás, que seria convocação mas foi convertida em convite por mera cortesia, e ele fugiu. Mais um ministro fujão, que não confia no próprio taco. Traidor do agro”, escreveu Salles em uma rede social.

Horas após a publicação, no entanto, Fávaro mudou de posição e informou à CPI que participaria da audiência. O requerimento de convite ao ministro foi apresentado pelo deputado Evair de Melo (PP-ES).

Fávaro será o segundo ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a prestar depoimento ao colegiado. Na última semana, Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, participou de audiência na CPI.

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Deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI do MST
Deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI do MST
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Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST

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Deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI do MST

Oposição recorre a Lira

Após comentários preconceituosos durante sessões do colegiado, ataques a ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a tentativa de associar o governo a crimes atribuídos ao MST, líderes partidários negociaram uma série de trocas na composição da CPI.

O acordo permitiu que sete deputados da ala mais extremista da oposição e do Centrão fossem substituídos por novos nomes. As mudanças envolveram partidos como Republicanos, União Brasil e PP — siglas que têm buscado mais espaço no governo.

Além disso, em ato da Mesa Diretora, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), atendeu a um recurso apresentado por Nilto Tatto (PT-SP) e cancelou o depoimento de Rui Costa, ministro da Casa Civil, ao colegiado.

As mudanças desagradaram Salles, relator do colegiado, e Zucco (Republicanos-RS), presidente da CPI, além de membros da bancada do agro.

Na quarta-feira, a Frente Parlamentar da Agropecuária divulgou nota em que informa a realização de um encontro com Arthur Lira para pedir a recomposição original do colegiado. Não há indicativo de que o presidente da Câmara acatará o pedido.

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