Após ser alvo de vandalismo, Congresso reforça segurança para posse
Congresso Nacional inicia 57ª legislatura nessa quarta-feira (1º/2). Posse de parlamentares ocorre na mesma data, com segurança reforçada
atualizado
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O Congresso Nacional inicia, na quarta-feira (1º/2), a 57ª legislatura com a posse dos parlamentares eleitos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Após a depredação das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro, as duas Casas Legislativas terão segurança reforçada para o início dos trabalhos.
O Congresso será palco da posse dos parlamentares e das eleições dos presidentes da Câmara e do Senado. Além dos 513 deputados e 27 senadores eleitos em 2022, as Casas terão presença de familiares dos políticos, autoridades, assessores, servidores e outros funcionários.
Na Câmara, serão instaladas grades no jardim de inverno do Salão Verde — área invadida e atacada por golpistas em 8 de janeiro. As estruturas também serão usadas no alçapão da plataforma do Congresso Nacional.
Além disso, todos os colaboradores da Câmara serão submetidos ao detector de metais, e os pertences de quem entrar no prédio deverão passar por Raio-x. O procedimento também será exigido aos convidados dos parlamentares.
Na última semana, a Polícia Legislativa do Senado enviou ofício ao interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli, solicitando reforço de policiamento nas imediações do Congresso para os dias 1º e 2 de fevereiro.
O Senado terá um credenciamento especial para o evento, o que permite maior controle da entrada no espaço e saída do local. Além disso, o número de detectores de metal será ampliado.
Por questões de segurança, as Casas Legislativas não informaram qual será o efetivo das Polícias Legislativas Federais no dia da posse. No ataque ao Congresso, a polícia do Senado teve atuação de 60 membros. Na Câmara, 100 policiais agiram contra os manifestantes.
Cálculos realizados pela direção-geral do Senado apontam que a casa teve prejuízo estimado em R$ 4 milhões após os atos golpistas de 8 de janeiro. Na Câmara, os danos chegam a R$ 3 milhões.
Segurança externa
Além do reforço na segurança interna do Congresso, a Esplanada dos Ministérios terá policiamento aumentado. A informação foi divulgada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
“A tendência é de que, no dia 1º de fevereiro, haja o fechamento total da Esplanada. (…) Não acreditamos que haverá manifestações dessa natureza, de centenas ou de milhares de pessoas, porém, a estas alturas, tendo em vista o extremismo de pequenos segmentos sociais, a prudência indica que esse deve ser o caminho”, afirmou Dino, na última quinta-feira (26/1).
Eleições
Deputados e senadores voltam aos trabalhos legislativos no Congresso Nacional em 1° de fevereiro para definir quem comandará as duas Casas pelos próximos dois anos.
As eleições para os cargos de presidente da Câmara e do Senado ocorrem logo após a abertura do ano legislativo e da cerimônia de posse dos parlamentares eleitos.
Até o momento, tudo indica que o atual chefe dos deputados, Arthur Lira (PP-AL), deve ser reeleito. O concorrente até o momento é Chico Alencar (RJ), que tem o apoio isolado do PSol e é o único a se opor ao alagoano.
No Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apesar de favorito, enfrenta resistência entre os aliados do ex-presidente Bolsonaro.
Rogério Marinho é o nome do Partido Liberal para a presidência da Casa Alta. Na última semana, o PL cravou o apoio do PP e do Republicanos. Há, ainda, o candidato do Podemos, Eduardo Girão (CE), que promete tirar votos dos demais concorrentes.