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Após se curar da Covid-19, Bolsonaro gastou em agosto R$ 1,1 mi em viagens

Do início da pandemia até então, o montante já tinha alcançado a casa dos R$ 500 mil, menos da metade do desembolsado no oitavo mês do ano

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Avião decolando
1 de 1 Avião decolando - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Isolado no Palácio da Alvorada por 20 dias depois de confirmar a contaminação por Covid-19, em julho, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) retornou à rotina de trabalho e aproveitou o período para encontrar com o eleitorado, intensificando o número de viagens nacionais.

Levantamento feito pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com base em informações obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mostra que logo depois de curado, só em agosto, o chefe do Executivo e a comitiva que o acompanha fizeram 11 viagens, uma a menos se somadas as ocorridas entre março e julho.

Os gastos, que incluem as despesas de toda a equipe, chegaram a R$ 1.106.114,58. Do início da pandemia até então, o montante já havia alcançado a casa dos R$ 500 mil, menos da metade do desembolsado em agosto. Informações sobre os deslocamentos de setembro ainda não foram divulgadas.

No oitavo mês do ano, os destinos mais visitados foram Mato Grosso do Sul e São Paulo, com três viagens para cada estado. Depois, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, com duas. Minas Gerais, Pará e Sergipe também receberam a visita do presidente.

Dentre as viagens, o valor mais caro foi a visita a Mossoró (RN). Por lá, apesar de Bolsonaro ter ficado apenas 5 horas na região, foram pagos R$ 173.692,06‬ para duas Escavs, como é chamado o Escalão Avançado. “As datas informadas referem-se ao deslocamento do Escalão Avançado, constando na agenda pública do senhor presidente dias após a data constante da planilha”, explicou a comunicação da Presidência.

O alto preço (e preparo) das viagens presidenciais

Igual a boa parte da população, qualquer viagem presidencial exige planejamento e tempo. Diferentemente, inclui dezenas de pessoas com funções variadas.

Ao decidir sair de Brasília, a equipe oficial do chefe de Estado monta o que eles chamam de Escalão Avançado, conhecido como Escavs. O grupo se encarrega de aprovar o destino, organizando todos os detalhes da viagem do presidente. Para isso, geralmente, chegam dias antes do chefe do Executivo federal.

Fazem parte da equipe assessores, seguranças, cerimonial, entre outros. No local, eles planejam tudo para que a estadia presidencial aconteça sem intempéries. Fazem e refazem todo o percurso previsto, checam a segurança, definem estratégias de emergência, estabelecem planos de evacuação e deixam tudo como o presidente gosta.

Viagens em 2019

Em 2019, quando não havia pandemia, o presidente Jair Bolsonaro viajou mais vezes. Foram 39 deslocamentos em território nacional e sete internacionais. Ao todo, o chefe do Executivo visitou 14 unidades federativas.

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