Após roubo de ouro, Brink’s passa a ter agentes armados em aeroportos
Quadrilha roubou o metal precioso, avaliado em R$ 123 milhões, que tinha instituições da América do Norte como destino
atualizado
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A Brink’s, empresa de transporte de valores, responsável pela entrega de 720 quilos de ouro até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, onde foram roubados, contará com agentes armados nos terminais de aeroportos em que faz operações a partir desta segunda-feira (05/08/2019). A segurança armada terá ação em áreas com acesso restrito e inacessível para os passageiros.
No final de julho, a empresa havia suspendido as atividades alegando “níveis crescentes das atividades criminosas e as restrições operacionais”.
Em nota, a empresa informou que a partir desta segunda, terminais de cargas de alguns aeroportos do país contarão com a “presença armada ostensiva de proteção em todas as etapas dos processos de embarque e desembarque de cargas de alto valor”.
De acordo com a Brink’s, a empresa se reuniu com a direção dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Manaus, com as autoridades e agentes envolvidos com a segurança e operação destes aeródromos (Polícias Federal, Civil e Militar, Infraero, Anac e Receita Federal), para solicitar a necessária e imediata alteração nos seus Planos de Segurança de Transporte Aéreo de Valores (PSTAVs).
Suspeitos presos
Na sexta-feira (02/08/2019), a Polícia Civil de São Paulo prendeu o quarto suspeito de participar do roubo de 720 quilos de ouro no terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Cumbica. A polícia não informou o nome do detido e nem o local da prisão.
Continuam presos o funcionário do aeroporto, Peterson Patrício, de 33 anos, e um amigo dele, Peterson Brasil. Patrício havia dito aos investigadores ter sido refém da quadrilha na véspera do crime.
Também foi preso o pintor Célio Dias, de 45 anos, acusado de ter definido o local para intermediar a fuga: um estacionamento na zona leste de São Paulo. Dias foi autuado em flagrante por posse de munição de calibre de uso restrito. O suspeito estava com um carregador de fuzil contendo projéteis calibre .762 mm.
Após usar veículos que imitavam carros da Polícia Federal para entrar na área de embarque de cargas do aeroporto, a quadrilha dominou funcionários e, em dois minutos, saiu com a carga de ouro. Na fuga, os carros foram abandonados no Jardim Pantanal e trocados por caminhonetes. Essas caminhonetes, depois, foram achadas pela polícia no estacionamento. A carga, avaliada em mais de R$ 100 milhões, iria para Nova York e Toronto.