Após reunião, líderes minimizam hipótese de 3ª denúncia contra Temer
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), afirmou que o governo não trabalha com essa possibilidade
atualizado
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Depois de se reunirem com o presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, neste domingo (1º/4), líderes da base aliada do governo e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), mostraram discurso alinhado sobre a possibilidade de a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar uma terceira denúncia contra o emedebista. Tanto Marun quanto Romero Jucá (MDB-RR) e o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS), negaram a possibilidade de isso acontecer.
O mais enfático foi o ministro. “Não existe terceira denúncia. Seguimos governando e não trabalhamos com essa hipótese”, disse Marun antes de minimizar a possibilidade da investigação contra Temer contaminar os trabalhos no Congresso. “Não acredito que o Parlamento volte fervendo em função de prisões para colher depoimentos. A ideia é votar nesta semana a reoneração (da folha salarial) no Congresso”.
Perondi repetiu o discurso e afirmou que o risco de uma próxima denúncia é “baixo”. Romero Jucá foi o menos enfático, mas disse que Temer está “tranquilo” e não é “presidente pato manco”. “Não tratamos do assunto na reunião. O governo não está focado nisso”, afirmou.Presidente nacional do MBD, Jucá também aproveitou para reafirmar as intenções do partido de lançar a candidatura do presidente à reeleição. “Se depender de nós (partido), ele será candidato. Eu defendo a ida de Temer para o palanque”, complementou.
Apesar do discurso oficial, a prisão do ex-assessor José Yunes e de outros amigos de Michel Temer foi vista nos bastidores como um indicativo de que a procuradora-geral, Raquel Dodge, possa apresentar nova denúncia contra o presidente. Se isso ocorrer, segundo o Planalto, as pretensões eleitorais do atual presidente seriam minadas. Ele teria novamente de se dedicar a barrar o avanço da investigação na Câmara.
A reunião deste domingo (1º) contou com a presença dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Secretaria Geral, Moreira Franco, e do Planejamento, Dyogo Oliveira. O objetivo era sacramentar a ida de Oliveira para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e definir seu sucessor no Ministério do Planejamento. O escolhido foi o secretário-executivo da pasta, Esteves Conalgo Júnior.