Após reportagem do Metrópoles, Câmara faz audiência sobre grupo islâmico que doutrina indígenas; acompanhe
Reportagem do Metrópoles revelou que grupo islâmico doutrina e leva indígenas para a Turquia. Caso vai ser debatido entre deputados e Funai
atualizado
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A Comissão de Relações e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados realiza uma audiência, na manhã desta quarta-feira (9/5), sobre uma instituição muçulmana que está levando jovens indígenas para fora do país. O caso foi relevado na reportagem especial “Em nome de Alá: grupo islâmico leva indígenas do Amazonas para a Turquia”, publicada pelo Metrópoles em 23 de abril.
Na audiência, está prevista a participação do repórter Thalys Alcântara, que escreveu a reportagem, além da diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Fundação Nacional do Indígena (Funai), Lúcia Alberta Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da delegada da Polícia Federal (PF) Letícia Prado e da secretária de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas do Ministério dos Povos Indígeinas (MPI), Juma Xipaia.
Assista:
A audiência foi proposta pelo deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil/AL).
Reportagem especial
A matéria revelou que uma organização turca intitulada Associação Solidária Humanitária do Amazonas (Asham) leva crianças e adolescentes indígenas de São Gabriel da Cachoeira (AM), maior cidade indígena do Brasil, na fronteira com a Colômbia.
Os adolescentes e crianças são inicialmente enviados para Manaus, onde aprendem árabe, turco, lições do alcorão e a religião muçulmana. Em seguida, eles são enviados para São Paulo e, por fim, quando completam 18 anos, vão para as cidades de Kutahya e Tarsus, em território turco.
Pelo menos cinco jovens indígenas já estão na Turquia, onde eles estudam em internatos religiosos islâmicos.
Uma ação coordenada entre Funai, conselhos tutelares e Polícia Federal retirou 14 adolescentes e uma criança do abrigo improvisado em que ficava em Manaus.
O local não tinha documentação necessária para funcionamento e foram encontradas peças de carne vencidas desde 2021 que os alunos estariam comendo.