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Após 4 dias internado, Bolsonaro deixa hospital e retorna a Brasília

Presidente estava hospitalizado em São Paulo desde quarta-feira (14/7), para tratar obstrução intestinal

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Após quatro dias internado, Bolsonaro deixa hospital em São Paulo
1 de 1 Após quatro dias internado, Bolsonaro deixa hospital em São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

De São Paulo e Brasília — Após ter alta do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixou a unidade de saúde por volta das 10h deste domingo (18/7). O mandatário do país falou com a imprensa na saída.

A partir de agora, o chefe do Executivo nacional vai seguir tratamento ambulatorial, segundo nota divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação (Secom), na manhã deste domingo. “Espero, em 10 dias, estar comendo um churrasquinho de costela”, brincou, ao sair do hospital.

Segundo a nota, o presidente será acompanhado por uma equipe médica assistente. Bolsonaro regressa a Brasília e deve seguir diretamente para a residência oficial, o Palácio da Alvorada.

Segundo o cirurgião Antônio Luiz Macedo, que acompanha o presidente desde o episódio da facada em 2018, Bolsonaro terá de seguir dieta balanceada e rotina de exercícios para evitar novo quadro de oclusão no aparelho digestivo.

O presidente disse que dificilmente seguirá a dieta. “Eu não sou exemplo para ninguém”, ressaltou Bolsonaro.

Durante a semana, o mandatário planeja voltar a despachar no Palácio do Planalto.

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Presidente Jair Bolsonaro após deixar hospital em São Paulo, na manhã do dia 18/7
Presidente Jair Bolsonaro após deixar hospital em São Paulo, na manhã do dia 18/7
Bolsonaro responsabiliza Marcelo Ramos por aprovação do fundão eleitoral
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“Eu vou estar na Presidência amanhã (segunda). Vou estar direto. Me alinho melhor. Essa semana estava reservada pra mim como mais light, porque a gente não tem férias, mas eu vou continuar despachando. Mais que despachar, eu vou conversar com ministros”, afirmou.

O presidente já anunciou um dos primeiros compromissos nesta segunda. Vai se reunir com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar de novo remédio sem eficácia comprovada no tratamento da Covid, que seria uma espécie de “nova cloroquina“.

“Tive acesso a estudos do CDC, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, sobre a proxalutamina”, disse o presidente. O estudo será apresentado a Queiroga.

“[A proxalutamina] já existe no mercado, ainda sem forma legal e comprovação científica, mas tem curado pessoas com Covid”, destacou. “Vamos fazer um estudo disso aí e apresentar. Nós temos que tentar, como já sempre disse. Na guerra do Pacífico, não tinha sangue para os soldados, e resolveram botar água de coco e deu certo”, acrescentou.

Bolsonaro estava internado desde quarta-feira (14/7), para tratar uma suboclusão intestinal.

Também na saída do hospital, o presidente responsabilizou o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), pela aprovação do fundo eleitoral. Ramos presidiu a sessão que votou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que viabilizou um fundão ainda maior.

“O responsável por aprovar isso aí é o Marcelo Ramos (PL), lá do Amazonas, o presidente”, disse. “O Marcelo Ramos que fez isso tudo. Então, cobre em primeiro lugar do Marcelo Ramos. Teve a votação da LDO, que interessa para o governo. Num projeto enorme, alguém colocou essa casca de banana, essa jabuticaba.”

A Lei de Diretrizes Orçamentárias ampliou de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões a previsão do fundo eleitoral em 2022.

O presidente ainda falou sobre as denúncias que recaem sobre o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, na negociação de vacinas.

Bolsonaro responsabilizou lobistas pelas denúncias apresentadas e negou negociações com “picaretas”. “[Brasília] É um paraíso de lobistas, de picaretas. Brasília tudo que há de ruim no Brasil vai lá fazer lobby, tentar tirar proveito. Agora, acredita quem quiser: o nosso governo não gastou um centavo com picareta. Parabéns ao Pazuello, parabéns ao coronel Elcio”, disse Bolsonaro.

O mandatário disse ainda que não errou “nenhuma vez” em relação à gestão da pandemia do coronavírus no Brasil e voltou a criticar a Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan, do governo paulista. “Está com uma eficácia muito baixa”, apontou. “O próprio governador daqui [João Doria] pegou [Covid] pela segunda vez, apesar de ele dizer que respeita todos os protocolos.”

Em relação à CPI que investiga a compra de vacinas pelo Ministério da Saúde, o presidente reclamou de estar sendo atacado por algo que ele não comprou e nem pagou. E ainda acusou os parlamentares de quererem tirá-lo do poder. “Ainda não entenderam que só Deus me tira daquela cadeira.”

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