Após provocações de Janones, Secom se recusa a participar de reunião de transição com parlamentar
Em nota, Secretaria de Comunicação Social disse que decisão foi tomada após órgão ser alvo de informações inverídicas e distorcidas
atualizado
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A Secretaria Especial de Comunicação Social do Governo Federal (Secom) divulgou nota nesta terça-feira (22/11) justificando a ausência de membros do órgão nas reuniões do grupo de trabalho da Comunicação, na equipe de transição.
Mais cedo, o deputado André Janones (PSol) afirmou que representantes da Secom haviam se negado a participar dos encontros em que o parlamentar estivesse presente. Janones acusou a secretaria de tomar a decisão porque ele estaria “tornando público o que eles roubaram”. “Quando denunciei os contrários milionários com a Paraná Pesquisas me acusaram de fake news!”, disse.
URGENTE! Quadrilha da SECOM falta na reunião da transição e avisa que não vai participar de mais nenhuma com a minha presença. Tudo porque estou tornando público o que eles roubaram. Vamos acionar a justiça pra que forneçam as informações debaixo de vara, conforme manda a lei! 👊
— André Janones (@AndreJanonesAdv) November 22, 2022
A Secom, por outro lado, afirmou que as postagens de Janones são “inverídicas, distorcidas e desrespeitosas”, o que invibilizaria o encontro cordial de trabalho.
“As recentes postagens, inverídicas, distorcidas e desrespeitosas, publicadas por um dos integrantes do Grupo de Trabalho relacionado à comunicação social na transição de governo, demonstram e materializam a não observância dolosa do princípio de colaboração por parte desse integrante, o que, praticamente, inviabiliza a realização de reuniões com o Grupo Temático”, diz a nota.
A secretaria ainda informou que prestará por escrito os dados solicitados desde que o pedido seja feito oficialmente.
Veja a nota na íntegra:
“A Secretaria Especial de Comunicação Social do Governo Federal (SECOM) informa que os normativos legais que regulam o processo de transição de governo expressam, dentre outros princípios, que deve haver colaboração entre as partes envolvidas. O respeito mútuo e a cordialidade são, sem dúvida, partes integrantes e imprescindíveis de qualquer processo que pretenda ser colaborativo.
As recentes postagens, inverídicas, distorcidas e desrespeitosas, publicadas por um dos integrantes do Grupo de Trabalho relacionado à comunicação social na transição de governo, demonstram e materializam a não observância dolosa do princípio de colaboração por parte desse integrante, o que, praticamente, inviabiliza a realização de reuniões com o Grupo Temático.
A SECOM, cumprindo os ditames legais relacionados à transição, prestou e continuará prestando, por escrito e dentro do prazo legal estipulado, todas as informações relativas à sua área de competência, desde que oficialmente solicitadas, garantindo a lisura e a transparência no processo.”