Após proposta do TRT, metroviários de São Paulo suspendem greve
Após a decisão, tomada em assembléia, os trabalhadores do Metrô devem retornar ao trabalho imediatamente
atualizado
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São Paulo – O Sindicato dos Metroviários de São Paulo aprovou, em votação on-line na noite desta quarta-feira (19/5), a proposta de conciliação do Tribunal Regional de Trabalho (TRT) e suspendeu a greve do Metrô.
Com o cancelamento, o transporte sobre trilhos voltará a funcionar normalmente a partir desta quinta (20/5). As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, administradas pelo governo estadual, paralisaram à 0h desta quarta.
A operação foi feita parcialmente ao longo do dia, com exceção da linha 15-Prata, que permaneceu fechada.
“Os trabalhadores buscaram a negociação em todos os momentos. Por conta da intransigência do governo estadual, a categoria teve de fazer uma greve em defesa dos direitos”, afirmou o sindicato.
No entanto, a categoria decidiu continuar a mobilização com o uso de coletes nas estações. Segundo o sindicato, uma nova assembleia será realizada na próxima terça (25/5).
De um total de 3.274 participantes, 3.064 (93,5%) aprovaram a proposta do TRT, 2.633 (80,4%) rejeitaram a proposta do Metrô e 2.488 (75,9%) concordaram com a suspensão da greve.
O Metrô ofereceu reajuste de 2,61% não retroativo a partir de janeiro de 2022. A proposta considerou um reajuste salarial de 7,79%, a partir de 1º de maio deste ano, vale-alimentação e vale-refeição.
Também está garantido o adicional de férias de 60% até janeiro de 2022 e pagamento das diferenças atrasadas nos meses de fevereiro, março e abril, segundo informa o sindicato.
“Inoportuna e inadequada”
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), considerou a greve “inoportuna” e “inadequada”.
“As pessoas deviam reclamar com o sindicato, e não com o governo. O momento é o mais inadequado para fazer uma greve, o setor é amplamente beneficiado, tem média salarial elevada, de R$ 9,2 mil, e o Metrô propôs 2,6% de aumento salarial em um momento difícil da economia”, afirmou Doria, em entrevista ao UOL.