Após promessa, Paes cria grupo para estudar Ozempic na rede pública
Substância semaglutida é utilizada no tratamento de obesidade. Uma unidade de Ozempic custa, em média, R$ 1 mil
atualizado
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O prefeito Eduardo Paes (PSD), empossado para o quarto mandato após reeleição, publicou no Diário Oficial do Rio de Janeiro um decreto para criar um grupo de trabalho para estudar a introdução da substância semaglutida, usada no remédio Ozempic, na rede pública para o tratamento da obesidade em clínicas de família.
No decreto, o prefeito disse considerar “o aumento da prevalência da obesidade na cidade do Rio de Janeiro e seus impactos na saúde pública, como o aumento do risco de doenças crônicas não transmissíveis” e os benefícios da semaglutida no tratamento.
Além disso, Paes destacou “a importância de garantir o acesso equânime ao tratamento com semaglutida para todos os cidadãos do Rio de Janeiro, especialmente aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social”. Atualmente, uma unidade custa, em média, R$ 1 mil.
Dessa forma, o grupo de trabalho tem 10 dias para ser montado e deverá entregar, em até 90 dias, um relatório ao prefeito para checar a viabilidade de oferecer medicamentos como o Ozempic na rede pública.
Durante a campanha de reeleição, Paes havia prometido a facilitar o acesso ao remédio e disse ter perdido cerca de 30 kg após usar Ozempic. O prefeito ressaltou que o medicamento deve ser utilizado para tratar a saúde e não para casos estéticos.
De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), o Ozempic é um remédio injetável usado no tratamento de diabetes tipo 2. Um dos possíveis efeitos colaterais dele é o emagrecimento, por ajudar no controle de apetite e saciedade.
“Por mais que não exista restrição em prescrever o Ozempic para fins estéticos, associações médicas e o próprio laboratório desencorajam esse uso”, afirmou a Abeso em comunicado.